Augusto dos Santos, autor do Livro AFE Tilápia – Criação Sustentável em Tanques-rede, destaca que a criação de tilápia vem se tornando uma ótima opção para produtores rurais devido à sua facilidade de manejo durante a criação e a vários outros aspectos, o que a coloca como o principal peixe produzido aqui em nosso país.
Nesse sentido, os tilapicultores que desejem se destacar no cenário nacional precisam possuir conhecimento técnico sobre a criação desse peixe para conduzir a sua atividade rumo ao sucesso. Em relação às tilápias, há várias formas possíveis para a criação, como é o caso dos tanques-rede.
Os tanques-rede permitem maior densidade de estocagem das tilápias, mas, como consequência disso, demandam manejo constante e controle sobre a qualidade da água. Essas estruturas são flutuantes e podem ser instaladas em reservatórios, lagos e açudes, revestidas com tela e proporcionando um sistema de criação intensivo.
A seguir, fique por dentro de alguns aspectos considerados relevantes para a criação de tilápias em tanques-rede:
Conhecendo o cultivo
Em primeiro lugar, como já mencionado, o conhecimento sobre esse tipo de criação é fundamental. Além de conhecer a espécie criada, é necessário que o piscicultor esteja por dentro das condições ideais para a instalação e operação dos tanques-rede, das exigências do mercado consumidor e da implementação de um sistema como esse.
Local de produção
A escolha do local onde a atividade será desenvolvida apresenta grande impacto no resultado dela. Uma escolha acertada é aquela que ajuda a minimizar os custos de produção, que garanta o bom desenvolvimento dos peixes e que facilite o escoamento da produção e a compra de insumos.
As estruturas de produção
Os tanques-rede não são a única estrutura necessária para o estabelecimento de uma criação de tilápias. Além deles, a plataforma e o galpão de armazenamento também são úteis no dia a dia e tendem a otimizar todo o processo produtivo. Em relação aos tanques, eles podem ser de vários tamanhos, formatos e modelos, o que variará de acordo com as condições ambientais do local onde será implementado, com as expectativas de produção e com os recursos disponíveis para a compra ou para a confecção deles.
Planejando a produção
Além do planejamento técnico da instalação da atividade, a produção também requer essa “organização”, englobando informações como: os insumos necessários, a quantidade de alevinos e de ração, a meta de produção do projeto, o peso de venda dos peixes, a densidade e as fases de produção, por exemplo.
Aquisição dos alevinos
O primeiro passo que visa efetivar o início da criação é a compra dos alevinos que começarão a ser criados. Nesse momento, o produtor deve buscar fornecedores idôneos e certificar-se de estar adquirindo alevinos de qualidade. Depois, o transporte deles até a propriedade deve ser feito com cuidado e, por fim, a quantidade de peixes e o peso médio devem ser conferidos.
A alimentação das tilápias
Todos os criadores de animais – sejam eles peixes, bovinos, suínos, aves, por exemplo – sabem que o maior custo da produção é a alimentação. Devido a isso, é crucial que o alimento oferecido seja eficiente e favoreça o crescimento dos peixes, nutrindo-os corretamente e completamente.
A qualidade da água
O monitoramento da qualidade da água não é uma tarefa comum na criação de peixes e que pode ser negligenciada. Regulamente, todos os parâmetros de qualidade – temperatura, oxigênio dissolvido, pH, transparência, entre outros – devem ser verificados para evitar que as tilápias cresçam pouco, fiquem doentes e até morram.
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Fonte: RURAL, Serviço Nacional de Aprendizagem. Piscicultura: criação de tilápias em tanques-rede. / Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. – Brasília: SENAR, 2018. 108 p.; il. – (Coleção SENAR, 208)
por Renato Rodrigues