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Inimigo indigesto: quais são os principais sinais clínicos da contaminação por plantas tóxicas?

Tremores musculares, diarreia, anemia, perda de peso e até morte súbita estão entre os principais sinais clínicos da intoxicação por plantas

Planta tóxica - imagem meramente ilustrativa

Sebastião Silva, autor do Livro AFE Plantas Tóxicas – Inimigo Indigesto, destaca que a existência de plantas tóxicas nas pastagens brasileiras é um problema para criadores de bovinos e de outros ruminantes em sistema de pastejo, pois, quando consumidas, acarretam diversos prejuízos às criações.

Sabe-se que é nas pastagens que os animais costumam encontrar boa parte do seu alimento. No entanto, quando criados a pasto, o controle do consumo de forrageiras é dificultado, o que pode colocar em risco a vida dos animais, devido ao fato de que podem ingerir plantas que são consideradas tóxicas.

A intoxicação pelo consumo de plantas inadequadas aos animais está entre as principais causas de mortalidades de bovinos, por exemplo, o que torna ainda mais necessário o cuidado por parte dos criadores.

A seguir, apresentamos os sinais clínicos mais comuns apresentados por animais que ingerem plantas tóxicas:

Sorgo

Por conter ácido cianídrico, o sorgo é uma forrageira tóxica capaz de provocar depressão, dispneia, excitação, lacrimejamento, salivação, tremores musculares, incoordenação, dilatação de pupilas, ulcerações generalizadas com desprendimento de pele, anorexia, decúbito e convulsões, evoluindo para barbela, anemia, perda de peso acentuada e outros sintomas na sua forma mais grave. Atenção para essa forrageira, porque ela pode ser encontrada em todas as regiões brasileiras.

Mandioca-brava

Apesar de ser rica em proteína, essa planta, comum no Norte e no Nordeste, possui substâncias com potencial para sofrerem hidrólise, produzindo, também, o ácido cianídrico. Todos os sintomas relacionados ao consumo do sorgo podem se manifestar nesse caso.

Tasneirinha

Também conhecida popularmente como maria-mole ou flor-das-almas, essa planta é, frequentemente, oferecida acidentalmente na silagem. Dotada de um princípio ativo hepatotóxico, ocasiona lesão crônica irreversível e gera espongiose no sistema nervoso dos equinos. Animais intoxicados apresentam, ainda, agressividade, descoordenação, diarreia, fezes sanguinolentas, falta de apetite e prolapso retal, entre outros.

Mamona

No caso da mamona, o risco de intoxicação está presente nas folhas e nas sementes, pois elas contêm, respectivamente, ricinina e riboflavina, óleo de rícino e ácido nicotínico. Animais que consomem as folhas apresentam inquietação, necessidade de deitar após certa marcha, desequilíbrio, sialorreia, tremores musculares, eructação excessiva e atonia ruminal, ao passo que aqueles que consomem as sementes evidenciam incoordenação, diarreia com sangue, anorexia, dores abdominais e insuficiência respiratória e renal aguda.

Algaroba

Os animais intoxicados pela algaroba – ou algarobeira – são caracterizados pela cara torta, dado o desvio lateral da cabeça que eles fazem para manter o alimento na boca. Além da torção da cabeça, manifestam também nervosismo, relaxamento da mandíbula, movimentos involuntários da língua, bocejos e salivação, entre outros. Contudo, a intoxicação se estabelece apenas quando a planta é consumida em grandes quantidades e por um bom tempo.

Erva-de-rato

A erva-de-rato é considerada a planta tóxica mais perigosa para a pecuária, uma vez que ela é capaz de matar os animais subitamente. Soma-se aos ricos o fato de que ela é palatável e que folhas e frutos são altamente tóxicos. Para se ter uma noção da gravidade, não é necessário muito para que um bovino de 300kg morra: basta que ele ingira 180g da erva-de-rato.

Até 24 horas após o consumo, o animal pode manifestar os sinais clínicos, que incluem desequilíbrio do trem posterior, tremores musculares, taquicardia, dispneia, queda em decúbito esterno-abdominal e lateral, mugido e convulsão. Logo após o início desses sinais clínicos, a morte súbita pode ocorrer em até 15 minutos.

Como evitar a intoxicação dos animais?

Antes de liberar os animais no pasto, recomenda-se verificar toda a área para que se detecte a presença de alguma planta tóxica. Caso seja identificada alguma, o rebanho tem que ser retirado da área, ela precisa ser isolada e as plantas devem ser erradicadas. Os animais que, porventura, tenham consumido alguma delas, precisam de tratamento imediato.

 


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Fonte: Arames Belgo – blog.belgobekaert.com.br
por Renato Rodrigues

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