Sebastião Silva, autor do Livro AFE Degradação, Recuperação e Renovação de Pastagens (nova edição), destaca que no Brasil, o consumo de forragens é feito pelos animais criados a pasto, reduzindo os custos, os impactos ambientas e gerando um produto mais saudável. Contudo, durante esse processo, há uma degradação das pastagens em face de vários fatores.
Além de doenças, pragas, plantas invasoras e uso excessivo dos pastos, há vários outros motivos responsáveis pela destruição. Entretanto, nesse contexto, mais do que entender como funciona de degradação das pastagens e suas causas, é fundamental adotar maneiras e estratégias de recuperação ou renovação delas, haja vista que são a principal fonte de alimentação na pecuária.
Os primeiros sinais de degradação não costumam ser muito perceptíveis, fazendo com que alguns proprietários percebam o problema somente quando ele já está em um nível mais avançado. Alguns sinais evidenciam a degradação: pastos baixos e com pouco material forrageiro disponível, áreas sem vegetação, compactação do solo e sinais de erosão e até ganho de peso dos animais abaixo do que é esperado.
Logo, ao identificar a degradação, o próximo passos consiste na recuperação. A seguir, descrevemos algumas estratégias que podem ser adotadas para recuperar pastagens degradadas:
Manejo
O estabelecimento de um novo manejo é uma das opções mais relevantes para solucionar esse desafio. Por exemplo, pastagens superpastejadas, as plantas são intensamente desfoliadas e, consequentemente, apresentam redução no sistema radicular. Evitar o superpastejamento, então, é uma estratégia que favorece a rebrotação das forrageiras.
- Subdivisão
Subdividir a pastagem promove melhor aproveitamento da forragem, isto é, ela passa a ser utilizada racionalmente e, devido a isso, não só as pastagens saem “ganhando”, como também os animais.
- Ajuste
As pastagens possuem certa capacidade de suporte. Em outras palavras, conseguem suportar certo número de animais. É necessário adaptar o número de animais que pastejam para que a pastagem não se degrade.
Solo
Dado que o solo também possui capacidade para interferir na produtividade das forrageiras, o uso de corretivos e fertilizantes nos solos, desde que estejam em quantidades adequadas, proporciona maior produtividade às plantas e, dessa forma, impacta diretamente nos resultados da criação.
No caso da compactação do solo – que também ocasiona a degradação –, cabe ao produtor adotar métodos físicos para melhorar as condições físicas do solo. Isso acarretará melhor aeração, infiltração da água, desenvolvimento e penetração das raízes das forrageiras no solo que, antes, era inapropriado.
Plantas invasoras
Como resultado do manejo inadequado das pastagens, as plantas invasoras se estabelecem e passar a tomar conta dos espaços que deveriam ser ocupados pelas forrageiras. Logo, nota-se que elas prejudicam o reestabelecimento da produtividade das plantas selecionadas e, ainda, contribuem para a degradação. Para controlar a presença desses inimigos indesejados, deve-se impedir a rebrotação delas, a partir de algum método que seja efetivo em relação à invasora presente no pasto.
Integração
Muitas estratégias empregadas para recuperar as pastagens podem ser onerosas, caso os danos tenham atingido uma porção grande do pasto. Devido a esse empecilho, a integração entre lavoura e pecuária é uma opção economicamente viável e mais barata para que a produtividade seja mantida. E isso ainda permite a diversificação da produção nas propriedades.
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Fonte: Wikipedia – pt.wikipedia.org
por Renato Rodrigues