O sistema de criação de peixes em tanques-rede é considerado como um sistema intensivo com renovação contínua de água. É uma das formas mais intensivas de criação atualmente praticadas, e tem-se tornado popular devido ao fácil manejo e rápido retorno do investimento, além de ser uma excelente alternativa para a produção de peixes em corpos d’água onde a prática da piscicultura convencional não é viável. A piscicultura em tanque-rede também possibilita o aproveitamento de ambientes aquáticos já existentes: oceanos, rios, grandes reservatórios, açudes entre outros.
Para o manejo bem-sucedido dos alevinos é necessário manter o controle de quantos peixes existem nos tanques, por isso é recomendado a Reversão Sexual dos Alevinos.
O porquê da Reversão Sexual
A reversão sexual é necessária para se evitar a procriação dos peixes quando eles atingem a fase adulta. A existência de um número fixo de exemplares nos tanques-rede facilita o manejo e possibilita uma despesca uniformizada.
Há grande dificuldade de promover a separação por método físico ou visual, por causa da semelhança entre fêmeas e machos. A melhor solução é recorrer ao método da reversão sexual, por meio de hormônios.
Para fazer a reversão sexual as matrizes são mantidas em temperatura controlada a 28°C, logo após a eclosão das larvas (essas são tratadas com ração farelada contendo metil-testorana para processar a reversão sexual.). O método de controle da temperatura e imersão assegura a reversão com uma taxa de 99%.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento está analisando a possibilidade de regulamentar a utilização de hormônio para reversão sexual.
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