São conhecidos como ruminantes os animais que possuem rúmen, um compartimento gástrico que tem papel importante na digestão dos alimentos. Pertencem a esse grupo, além de outros, os ovinos e os caprinos. A partir disso, é importante entender como funciona a alimentação deles, com a finalidade de garantir uma criação mais produtiva.
Tadeu Cotta, autor do Livro AFE Minerais e Vitaminas para Bovinos, Ovinos e Caprinos, destaca que nas condições de criação de ruminantes no Brasil, os animais apresentam desempenho irregular: no período de chuvas há uma maior produção e no período de seca ocorre uma queda. Para o produtor manter as taxas de produção e crescimento num nível ótimo, é necessário que os animais recebam manejo sanitário correto e alimentação adequada, que deverá atender às necessidades de ovinos e caprinos em água, energia, proteínas, minerais e algumas vitaminas.
Minerais
Em relação à mineralização desses animais, informa-se que os suplementos minerais devem estar presentes em todo o ciclo produtivo e o recomendado é que eles sejam incorporados à alimentação do dia a dia. Dentre os minerais, destaca-se que fósforo, cobre e cobalto são os que se apresentam mais deficientes nas pastagens e, devido a esse problema, têm que ser suplementados; ao passo que o ferro é mais presente na pastagem de ruminantes, o que o torna dispensável.
- Funções dos minerais
As principais funções dos minerais para os caprinos e ovinos são a atuação como componentes estruturais de órgãos e tecidos corporais, como componentes de fluidos intra e extracelulares e como componentes estruturais de metaloenzimas de hormônios e vitaminas.
- Exigência mineral
É importante levar em conta que a raça, a intensidade de criação e a taxa de produção são fatores que influenciam na exigência nutricional, bem como as condições ambientais, a adaptação do animal, a idade, o peso, a categoria animal e a forma química e nível dos elementos no alimento.
Alimentos
No que diz respeito aos alimentos oferecidos aos animais, dois tipos são importantes: os concentrados; e os volumosos, como as pastagens, fenos e silagens. Dentre as espécies que são recomendadas para serem cultivadas com a finalidade de formar uma pastagem de qualidade, apresenta-se o capim-búffel, o capim-gramão, o capim-corrente e o capim-andropogon.
Na época da seca, algumas das opções são: mandioca, palma forrageira e cana-de-açúcar. Isso porque: enquanto a mandioca se constitui como uma opção nutritiva para ser oferecida em raspas, por exemplo, a palma forrageira é um alimento volumoso suculento e a cana-de-açúcar apresenta grande potencial de produção.
Silagem
A silagem é uma das estratégias alimentares utilizadas por criadores de vários tipos de animais. Ela é produzida a partir de forrageiras e possui propriedades nutritivas muito semelhante a elas. O milho, o sorgo e o capim-elefante são as principais, mas qualquer forrageira adequada para caprinos e ovinos pode ser ensilada, contanto que seja colhida no momento ideal. Na hora de produzi-la, entretanto, é necessário atenção e cuidado para garantir uma silagem de qualidade.
Concentrados
Os concentrados oferecidos podem ser de dois tipos: concentrados energéticos, com menos de 18% de fibra e menos de 20% de proteína bruta, como farelo de trigo e farelo de arroz; e proteicos, com menos de 18% de fibra e mais de 20% de proteína bruta, como farelo de soja e de amendoim.
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Fontes: Caprileite – caprileite.com.br
EMBRAPA – agencia.cnptia.embrapa.br
por Renato Rodrigues