“No habitat natural dos peixes, sua alimentação é rica em ácidos graxos polinsaturados, que lhes garantem energia e vigor. Na criação em cativeiro, o piscicultor deve garantir aos espécimes cultivados um percentual de lipídios ideal. Dentre os principais alimentos energéticos para peixes, destacam-se o farelo de arroz, o sorgo e o milho”, explica Priscila Vieira Rosa Logato, autora do Livro AFE Nutrição e Alimentação de Peixes de Água Doce.
Os ácidos graxos Ômega 3 e 6 devem ser suplementados à dieta dos peixes, pois o organismo desses animais não consegue sintetizá-los. O mais importante é não deixar de fornecer essas fontes energéticas, pois o bom ganho de peso e a manutenção da saúde dos peixes dependem delas. O mesmo vale para as fontes proteicas e de carboidratos, igualmente essenciais à boa nutrição dos peixes.
A diferença é que a deficiência de carboidratos nos peixes não apresenta sinais indicativos de carência, o que, às vezes, a torna irrelevante. Em especial, os peixes carnívoros digerem, com dificuldade, carboidratos de amidos quando comparados a carboidratos de açúcares. A principal razão é porque os peixes carnívoros não apresentam a enzima celulase; indispensável ao processo digestivo; ao contrário dos peixes herbívoros, que a apresentam.
Ainda que os peixes herbívoros consigam digerir mais facilmente níveis elevados de carboidratos de amidos na dieta (40%), eles devem receber, ao máximo, 25%. Já os onívoros suportam níveis de até 20% e os carnívoros, 10%. Todas as espécies de peixes em cativeiro devem receber uma porcentagem recomendada de 20% de lipídios para apresentarem bom desempenho produtivo.
Vejamos 3 alimentos energéticos mais comuns à dieta de peixes:
Farelo de arroz
São 3 os tipos de farelo de arroz, que podem ser fornecidos aos peixes: o integral com casca; o integral sem casca e o desengordurado. Todos excelentes alternativas quando o piscicultor tem dificuldade de adquirir aveia ou trigo. Entretanto, esses farelos devem passar por tratamento com antioxidantes, pois tendem a rancificarem, já que apresentam altos níveis de gordura.
Sorgo
Atualmente, foram desenvolvidas cultivares de sorgo com teores menores de tanino, consideravelmente tóxico para os peixes. Isso permitiu que os piscicultores passassem a incluir o sorgo na dieta dos peixes, como substituto do milho.
Milho
O milho fragmentado é o alimento energético preferido dos piscicultores, que criam peixes herbívoros e onívoros. Trata-se de uma fonte de alimento facilmente disponível no mercado, além de mais acessível ao bolso do piscicultor. Entretanto, é importante assegurar que o cereal não apresente micotoxinas por exposição à umidade.
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Fonte: cpt.com.br
Por Andréa Oliveira.
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