Manejo reprodutivo da fêmea suína

O primeiro passo para se iniciar a reprodução é a quarentena. A quarentena é uma estrutura separada do galpão principal para onde devem ser encaminhadas as fêmeas recém-chegadas à granja. Lá, elas permanecerão por tempo suficiente até que se verifique a ausência de doenças e outros fatores contaminantes trazidos de fora que podem comprometer todo o plantel principal. O ideal é que haja um funcionário exclusivo para trabalhar no setor de quarentena. É importante lembrar, ainda, que todos os equipamentos da quarentena devem ser exclusivos e seu sistema de captação de dejetos deve ser independente do rebanho principal.

Uma vez alojados esses animais, inicia-se o trabalho de indução da puberdade, introduzindo nas baias, duas vezes ao dia, o macho reprodutor. Para a detecção do cio das fêmeas, é necessário que um funcionário passe conduzindo o porco que irá estimular as porcas, encostando focinho com focinho. Após a detecção dos cios, as fêmeas prontas são marcadas e agrupadas em lotes para serem inseminadas. O ideal é que após a inseminação, elas não sejam mais movimentadas para evitar estresse, agente causador de abortos. Para a detecção da prenhez, passa-se o rufião novamente no lote 14 dias após o procedimento de inseminação.

Pensando na nutrição da fêmea em conformidade com a formação do seu aparelho mamário, deve-se considerar que existe uma demanda nutricional específica de acordo com a fase da gestação. Quanto maior o consumo de ração na fase de gestação, menor será o consumo na fase de lactação. Não adianta aumentar a quantidade de ração da fêmea na gestação para se ter maior peso dos leitões ao nascimento, pois isso não acontece. É preciso atender à demanda de nutrientes, mas sempre na quantidade certa, para evitar prejuízos.  

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Por Anna Luiza Mariquito.