Na produção da pecuária, a engorda engloba toda a fase que vai desde a compra à venda dos novilhos terminados, prontos para o abate. No Brasil, a atividade de engorda é e continuará concentrada nas mãos de poucos pecuaristas. É possível identificar uma tendência clara de aglutinação das várias fases da cria e recria à engorda, cuja explicação está na necessidade de se incorporar ganhos permanentes de produtividade.
Sylvio Lazzarini, autor do Livro Engorda a Pasto, da Coleção Lucrando com a Pecuária de Corte, explica que “do ponto de vista biológico, essa é a fase de menor eficiência do animal, comparada às fases de cria e recria, uma vez que, quanto mais maduro o anima se torna, mais gordura ele deposita na carcaça, necessitando de maior consumo de energia para o mesmo ganho. Isso faz com que sua eficiência alimentar piore e com que o custo da arroba produzida torne-se mais elevado.”.
As explorações de engorda concentram-se em regiões de terras mais férteis e, consequentemente de maior produtividade dos pastos, podendo suportar bovinos mais gordos. Do ponto de vista econômico, a engorda é uma atividade muito relevante. Porém, há alguns aspectos que devem ser considerados, como:
- os lucros podem ser potencializados, mediante a associação da engorda com a recria;
- já a “verticalização” total, pela associação da engorda com a cria e a recria, reduz a lucratividade, porque, para isso, é necessário suportar um grande número de cabeças na fazenda e o giro de capital é mais reduzido.
A tendência da pecuária de corte é justamente de encurtamento ou extinção do período de recria, com a saída gradativa dos recriadores exclusivos do mercado. É importante que os invernistas comecem a pensar em efetuar a sua reposição, adquirindo bezerros ou até efetuando a cria.
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por Renato Rodrigues
