''Apesar de serem bem menos agressivos que os produtos químicos tradicionais, os produtos naturais também apresentam certo grau de toxicidade; caso contrário, não matariam as pragas. Por isso, é preciso sempre ter alguns cuidados na hora de aplicá-los'', de acordo com a professora Vânia Moreira autora do Livro Bonsai — Técnica e Arte, Passo a Passo.
Passo a passo da aplicação:
1 - Adotar sempre os equipamentos e procedimentos de proteção individual, recomendados para os demais defensivos agrícolas, ou seja, uso de luvas e boa lavação das mãos e do rosto após a aplicação. Dependendo do produto, colocar um lenço ou máscara no rosto, para não aspirar os gases tóxicos liberados.
2 — Ler e seguir as instruções da bula ou da receita caseira e instruir bem a pessoa que realizará a tarefa, antes e durante a operação, enquanto o operador estiver em fase de aprendizagem, seja quanto à maneira certa de aplicar o produto ou de manter a segurança indispensável no trabalho.
3 — Manter somente a pessoa que realizará a pulverização na área a ser trabalhada, evitando a presença de outras pessoas e de animais. Além disso, proteger a água e a comida que estejam nas proximidades do local da pulverização.
4 - Aplicar a calda imediatamente após completar o seu preparo.
5 - Agitar sempre a calda durante a aplicação, para haver homogeneização do produto.
6 - Pulverizar, sempre que possível, no período da manhã, quando os ventos são fracos, evitando, com isso, menor dispersão do produto tóxico. Além disso, nesse período, as plantas estão com os estômatos abertos, o que facilita a penetração do defensivo, aumentando sua eficácia.
7 - Não ingerir alimentos que estejam dentro do “período de carência” após a aplicação do agrotóxico, o que é indicado pelo fabricante, para evitar o perigo de contaminação.
8 - Realizar a pulverização com tempo bom, sem chuvas.
9 - Nunca aplicar agrotóxicos em dias de muito vento e nas horas mais quentes do dia, onde o sol está muito forte, tendo sempre o cuidado adicional de dirigir o jato de calda para os locais atacados pela praga ou doença.
10 — No inverno, com mais motivo, realizar pulverizações no período da manhã, pois a operação realizada ao entardecer possibilita maior retenção de umidade e aumenta as chances de congelamento das raízes, se a temperatura apresentar grande queda.
11 — Evitar pulverizações em épocas de florescimento e de presença de folhagem nova, para não queimar os órgãos vegetais ainda tenros.
12 — Empregar as caldas, no controle de pragas e doenças, somente nas recomendações técnicas. Caso contrário, corre-se o risco de baixa eficácia e de toxicidade.
13 — Tomar banho, com o uso de água fria e sabão, após a aplicação do agrotóxico, e, em seguida, vestir roupa não-utilizada na operação.
14 — Retirar do local, imediatamente, pessoas com possibilidades ou sintomas evidentes de contaminação ou intoxicação, e, com a mesma urgência, procurar ajuda médica, munido do rótulo da embalagem ou da bula do produto utilizado. Ter em mente que a rapidez na prestação do socorro é fator essencial para um atendimento bem-sucedido. Nunca beber leite ou bebida alcoólica, com o intuito de atenuar os problemas de intoxicação, pois o leite é um fixador do veneno.
Conheça os Livros da Área Floricultura.
Por Eduardo Silva Ribeiro.
