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Biossegurança na ovinocultura

Manejo sanitário é essencial, a ovinocultura precisa de cuidados também.

Biossegurança na ovinocultura    Artigo AFE

 

Cuidar da sua criação é preciso para garantir saúde dos animais, quando doentes causam prejuízos e deixam de produzir, para isso o manejo sanitário deve ser muito bem conduzido. A Dra. Lea Chapaval autora do Livro Manual do Produtor de Cabras Leiteiras, diz que: '' o manejo sanitário inclui um conjunto de práticas que visa reduzir o surgimento de doenças, minimizar os efeitos financeiros e problemas relacionados ao bem-estar animal''.


As principais medidas de biossegurança adotadas na ovinocultura são:



• Controle e restrição do acesso de pessoas e outros animais ao local onde os ovinos são criados.


• Manejo com segurança: os animais devem ser separados por idade e categorias para facilitar o manejo.


• Médicos veterinários que transitam entre propriedades devem levar consigo roupas e botas extras para a troca ao chegar a um novo critório e realizar o exame dos animais.

• Inspeção dos animais: sempre iniciar o exame dos animais por aqueles que são mais jovens, pois esses apresentem menor grau de imunidade. É recomendável iniciar a inspeção pela maternidade e em animais pós-parto e finalizá-la inspecionando animais em quarentena e isolamento.


• Equipamentos de proteção individual (EPIs): devem ser utilizado por tratadores e médicos veterinários: macacão, luvas, botas, etc.


• Lavagem e desinfecção de mãos: prática fundamental que deve se tornar obrigatória para proprietários, tratadores e médicos veterinários para evitar a introdução de patógenos.


• Cuidados na compra de animais: deve-se conhecer a procedência e recomenda-se comprar animais de rebanhos certificados.


• Animais recém-adquiridos devem ser primeiramente examinados por um médico veterinário.


• Isolamento e quarentena: durante o período de 45 a 60 dias para animais recém-adquiridos, em local o mais distante possível dos demais animais. O isolamento é estressante para os ovinos, pois são animais de natureza gregária. Dessa forma, é recomendável adquirir sempre mais de um animal ou isolar um único animal em piquete cercado por tela, ou madeira que permita ao animal manter contato visual com outros de sua espécie.


• Animais com alterações ou suspeita de doença devem ser imediatamente isolados.


• Pedilúvio: instalação de grande importância na ovinocultura, pois auxilia na prevenção e tratamento de infecções podais. Animais criados em sistemas semi-intensivos ou a pasto estão sujeitos à pododermatite ao permanecer em pastos cuja drenagem é feita de forma incorreta. Esse problema ocorre principalmente na época das chuvas. A pododermatite é uma doença infecto-contagiosa que se dissemina rapidamente pelo rebanho. Medidas do pedilúvio: 2 m de
comprimento, 10 cm de profundidade e largura igual à da porteira.


• Soluções para pedilúvio: os ovinos devem passar pelo pedilúvio na entrada e a saída das instalações.

» Soluções à base de água: água + sulfato de cobre, ou sulfato de zinco, ou formol, ou cal.

» Solução seca: cal aspergido no chão.

» Limpeza: as soluções à base de água devem ser trocadas semanalmente e, para isso, os pedilúvios devem ter um local de drenagem para facilitar a limpeza.


• Limpeza das instalações: frequentemente negligenciada pelos produtores rurais, a limpeza das instalações de ovinos deverá ser feita semanalmente em sistemas intensivos. A limpeza das instalações de criatórios de sistemas semi-abertos deverá ser feita de acordo com o número de animais e o grau de sujidade. As fezes deverão ser levadas para a esterqueira.


• Esterqueira: local destinado ao armazenamento de fezes. A presença de uma esterqueira auxilia na redução de moscas, bactérias, ectoparasitas e propícia à destruição de ovos e larvas de helmintos. A esterqueira deve ser construída em local distante das instalações onde ficam os animais. Deve ser cimentada. As fezes devem ser cobertas com cal e lona para ocorrer a fermentação e destruição das larvas e ovos de helmintos e ectoparasitas. O esterco de ovinos não deve ser colocado fresco sobre os piquetes e capineira sem antes passar pelo processo da esterqueira.


• Limpeza dos bebedouros: os bebedouros devem ser lavados diariamente utilizando-se soluções desinfetantes, a exemplo da Clorexidina-Cetrimida e bucha. A água deve ser limpa, potável e deverá ser trocada diariamente.


• Limpeza dos comedouros: a limpeza dos comedouros deve ser diária antes de fornecer novamente o alimento. É necessário remover as sobras para evitar fermentações que podem causar problemas digestivos, a exemplo do timpanismo ruminal. Nunca se deve fazer a sobreposição de alimentos.


• Métodos de desinfecção: há dois métodos de desinfecção de instalações de ovinos: desinfecção física e desinfecção química.

• Desinfecção física: método de incineração feito com vassoura de fogo que deve ser passada em todas as superfícies das instalações.

• Desinfecção química: retira-se toda a matéria orgânica das instalações e aplicai-se desinfetantes, tais como: iodo, hipoclorito de sódio (água sanitária), amônia quaternária ou clorexidina. A escolha do desinfetante deverá considerar os problemas sanitários mais recorrentes no criatório. A frequência da desinfecção varia de acordo com o tipo de criação e local: semanalmente, em regiões de isolamento; a cada 15 dias em instalações de criações intensivas; a cada 30 dias em criações semi-intensivas ou extensivas. Os animais devem ser retirados das instalações durante a desinfecção química.


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Por Eduardo Silva RIbeiro 

 

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