Demerval Lopes, um dos autores do Livro AFE Irrigação por Aspersão Convencional, destaca que a irrigação pode ser considerada como sendo uma das mais importantes técnicas de produção agrícola, uma vez que ela possibilita o fornecimento de água para as culturas no momento certo e na quantidade adequada.
A água é um elemento vital não só para o homem, como também para as plantas. E é por isso que a irrigação é tão necessária na agricultura: ao fornecer água para as plantas na dose e frequência recomendadas, elas conseguem se desenvolver corretamente e aumentar sua produtividade.
Essa técnica apresenta métodos e sistemas, que são frequentemente confundidos, mas que são conceitos diferentes:
Métodos de irrigação
É denominada “método de irrigação” a forma como se aplica a água nas plantas. Esses métodos podem se relacionar com um ou até mais de um sistema de irrigação. Para escolher qual o melhor método para a sua propriedade, é preciso, antes, verificar vários fatores como o tipo de solo, o terreno, o clima, o cultivo, entre outros.
Como métodos, temos quatro formas de aplicar a água nas plantas:
Irrigação por aspersão:
- Feita com a aplicação de água sobre a folhagem do que se cultiva e sobre o solo;
Irrigação localizada:
- Feita com a aplicação de água em locais específicos sobre a superfície do solo e sob a área que a copa das plantas sombreia;
Irrigação por superfície:
- Feita umedecendo quase toda a superfície do solo onde a planta é cultivada;
Irrigação subterrânea:
- Feita com aplicação de água diretamente nas raízes das plantas, “dentro” do solo.
Sistemas de irrigação
Os sistemas, por sua vez, dizem respeito a um conjunto de equipamentos, e outras peças que funcionam em conjunto, responsável por realizar, de fato, a irrigação. É possível destacar os principais sistemas de cada um dos métodos:
Aspersão – abriga os sistemas convencionais e os mecanizados. O primeiro pode ser fixo ou móvel e é composto por motobombas, tubulações e aspersores para realizar a irrigação; o segundo é feito com aspersores ou sprays, instalados em estruturas móveis.
Localizada – dentre os principais sistemas, os mais utilizados para irrigação localizada são o de gotejamento e o de microaspersão. O gotejamento, como o próprio nome sugere, utiliza um sistema de gotejadores para depositar a água de forma constante, lenta e a baixa pressão no solo onde as plantas são cultivadas; por sua vez, o sistema de microaspersão apresenta vazão maior que o de gotejamento, simulando uma espécie de chuva artificial, de forma mais localizada.
Superfície – através de sulcos ou por inundação é possível irrigar superfícies. Ao construir sulcos, a água escoa por eles ao ser aplicada nas linhas da cultura a ser irrigada. A inundação é um tipo de irrigação característico, por exemplo, do arroz, aplicando-se água sobre toda a área de cultivo, deixando que se acumule sobre a superfície.
Subterrânea – realizada, entre outros sistemas, por meio da elevação do lençol freático ou por gotejamento subterrâneo. No primeiro sistema, quando é possível controlar o nível do lençol freático, deixando-o próximo às raízes da planta. O segundo funciona como o gotejamento tradicional, porém sob o solo.
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Fonte: MinIO Browser – files.cercomp.ufg.br
por Renato Rodrigues