Nos últimos anos a carcinicultura se popularizou, deixando de ser um negócio apenas para grandes investidores, mas tornando-se atrativa também para pequenos produtores rurais. A evolução da atividade tem ocorrido a passos muito largos no Brasil, em um processo dinâmico e voltado, cada vez mais, à busca por ganhos em eficiência e competitividade. Camarões Marinhos Engorda Volume II, agora em sua segunda edição, é o resultado de mais de três décadas de experiências práticas e teóricas dos autores, Roberto Carlos Barbieri Júnior e Antonio Ostrensky Neto, e também dos demais profissionais que atuaram como revisores técnicos dessa edição e que trabalham no dia a dia pesquisando as técnicas e processos envolvidos no cultivo de camarões marinhos.
Para chegar a esta versão, o livro passou por uma atualização completa, que envolveu uma nova organização, novos capítulos, além de novas e atualizadas informações técnicas. Aqui são apresentados conceitos, orientações e dicas sobre todo o processo de engorda de camarões marinhos, desde a fase de preparação dos viveiros, passando pela aquisição de larvas, pelas diferentes etapas do cultivo e pelos cuidados que devem ser tomados na despesca dos viveiros e na conservação dos camarões antes da sua chegada ao mercado consumidor. Esta obra, Camarões Marinhos Engorda Volume II, apresenta ainda temas como o mercado e preços internacionais de camarão, a biologia do camarão, a ecologia de viveiros de cultivo, questões ligadas ao meio ambiente, enfermidades e biossegurança.
Esta obra é, portanto, referência obrigatória para estudantes, técnicos, produtores e para todos aqueles que têm interesse em conhecer um pouco mais sobre o processo produtivo de camarões marinhos.
CAPÍTULO 1 - A HISTÓRIA DA CARCINICULTURA NO BRASIL
1.1. O Começo de Tudo
1.2. Litopenaeus vannamei
1.3. Crescimento e Queda: a Fase Moderna da Carcinicultura Brasileira
1.4. A Busca pelo Equilíbrio
CAPÍTULO 2 - SISTEMAS E REGIMES DE PRODUÇÃO DE CAMARÕES MARINHOS
2.1. Sistemas de Cultivo
2.2. Regimes de Produção de Camarões Marinhos em Viveiros
2.2.1. Regime Extensivo
2.2.1.1. Regime Extensivo de Cunho Familiar
2.2.1.2. O Regime Extensivo na Carcinicultura Brasileira
2.2.2. Regime Semi-intensivo
2.2.3. Regime Intensivo
2.2.4. Regime Ultra Intensivo
CAPÍTULO 3 - A CADEIA PRODUTIVA DE CAMARÕES MARINHOS
3.1. Elos da Cadeia Produtiva da Carcinicultura
3.2. A Fase de Engorda
CAPÍTULO 4 - SELEÇÃO DE ÁREAS PARA A INSTALAÇÃO DA CARCINICULTURA
4.1. A Escolha do Local
4.2. Custo da Terra
4.3. Clima
4.4. Topografia
4.5. Restrições de Ordem Legal
4.6. Infraestrutura e Logística
4.7. Fatores de Produção (Oferta de Bens e Serviços) e Disponibilidade de Mão de Obra
4.8. Acesso ao Mercado Consumidor
4.9. Qualidade da Água Local
4.10. Quantidade de Água Disponível
4.11. Taxa de Infiltração da Água no Solo
4.12. Poluição
CAPÍTULO 5 - ESTRUTURAS FÍSICAS TÍPICAS DE UMA FAZENDA DE CULTIVO DE CAMARÕES
5.1. Projeto de Engenharia
5.2. Levantamento Topográfico
5.3. O Canal de Adução
5.4. Estação de Bombeamento (Estação de Elevação)
5.5. O Canal de Abastecimento
5.6. Pré-berçários
5.6.1. Tipos de Tanques
5.6.2. Cobertura
5.7. Viveiros
5.7.1. Formatos
5.7.2. Tamanhos
5.7.3. Profundidade
5.7.4. Declividade
5.7.5. Diques de Contenção de Água
5.7.6. Estruturas de Controle de Drenagem
5.8. Canais de Drenagem e Lagoas de Decantação e de Estabilização
5.9. Vias, Estruturas Anexas e Edificações
5.9.1. Estradas Internas
5.9.2. Rede Elétrica
5.9.3. Galpões
5.9.3.1. Galpões para Estacionamento e Manutenção de Tratores e Maquinário Pesado
5.9.3.2. Galpão para Armazenamento de Corretivos Agrícolas e Fertilizantes
5.9.3.3. Galpão para Rações
5.9.3.4. Microgalpões/Silos para Distribuição de Ração
5.9.4. Escritório
5.9.5. Laboratório
5.9.6. Cozinha e Alojamentos
CAPÍTULO 6 - LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE EMPREENDIMENTOS DE CARCINICULTURA
6.1. Licenciamento Ambiental
6.2. Normas Legais que Regem a Carcinicultura
6.3. Principais Procedimentos e Órgãos Licenciadores
6.4. Documentos a serem Providenciados pelo Empreendedor
6.4.1. Projeto Básico (PB) do Empreendimento
6.5. EIA/RIMA
6.6. Plano de Monitoramento Ambiental (PMA)
6.7. Plano de Controle Ambiental (PCA)
6.8. Licenças Ambientais na Carcinicultura
6.8.1. Licença Simplificada (LS)
6.8.2. Licença Prévia (LP)
6.8.3. Licença de Instalação (LI)
6.8.4. Licença de Operação (LO)
6.8.5. Outras Licenças Ambientais
6.8.5.1. Licença de Regularização de Operação (LRO)
6.8.5.2. Licença de Alteração (LA)
6.8.5.3. Autorização para Teste de Operação (ATO)
6.8.6. Licença Ambiental para Carciniculturas já Existentes
6.8.7. Procedimentos de Renovação da Licença de Operação
6.9. O Passo a Passo do Licenciamento Ambiental Ordinário
CAPÍTULO 7 - A FAUNA DE VIVEIROS DE CULTIVO DE CAMARÕES
7.1. O Ecossistema Formado em um Viveiro de Cultivo de Camarões
7.2. O Plâncton
7.2.1. Bacterioplâncton
7.2.2. Fitoplâncton
7.2.3. Zooplâncton
7.3. Bentos
7.4. As Bactérias
7.4.1. População Microbiana do Solo
7.5. Outras dicas
CAPÍTULO 8 - O SOLO EM VIVEIROS DE CULTIVO DE CAMARÕES
8.1. Por que Cuidar do Solo em um Cultivo de Camarões?
8.2. Características do Solo
8.2.1. Horizontes
8.2.2. Textura
8.2.3. Microporosidade
8.2.4. Plasticidade
8.3. Tipos de Solo e sua Relação com a Carcinicultura
8.3.1. Solos Argilosos
8.3.2. Solos Arenosos
8.3.3. Solos Orgânicos
8.3.4. Solos Sulfáticos (Sulfurosos)
8.4. Outras Dicas
CAPÍTULO 9 - A ÁGUA EM VIVEIROS DE CULTIVO DE CAMARÕES
9.1. O Que Analisar Durante o Monitoramento da Qualidade da Água?
9.2. Temperatura
9.2.1. Estratificação
9.3. Oxigênio Dissolvido
9.3.1. Porcentagem de Saturação
9.3.2. Volumes e Concentrações de Oxigênio Necessários para se Cultivar Camarões
9.3.3. Fontes e Consumo de Oxigênio Dissolvido em um Viveiro
9.4. Salinidade
9.5. pH
9.6. Material Particulado em Suspensão (seston)
9.7. Sólidos Dissolvidos
9.8. Cor, Turbidez e Transparência
9.9. Alcalinidade
9.10. Dureza
9.11. Compostos Nitrogenados
9.11.1. Ciclo do Nitrogênio
9.11.2. Toxicidade dos Compostos Nitrogenados
9.12. Fósforo
9.13. Sílica
9.14. Clorofila a (Chl a)
9.15. Coliformes Totais
9.16. Coleta e Estocagem de Amostras de Água
9.17. Outras Dicas
CAPÍTULO 10 - A BIOLOGIA DO CAMARÃO
10.1. Classificação Zoológica
10.1.1. Ciclo de Vida
10.2. Litopenaeus vannamei
10.3. Conhecendo o Corpo do Camarão (Morfologia Externa)
10.4. Como é um Camarão por Dentro?
10.4.1. Sistema Digestório
10.4.2. Sistema Reprodutor
10.4.3. Sistema Endócrino (Hormonal)
10.4.4. Sistema Circulatório
10.4.5. Sistema Nervoso
10.4.6. Sistema Excretor e Osmorregulatório
10.4.7. O Desafio do Camarão para Crescer
10.4.8. O Processo de Muda (Ecdise)
10.4.9. O Crescimento do Camarão
10.5. Outras Dicas
CAPÍTULO 11 - NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DE CAMARÕES
11.1. Diferenças entre Alimentação e Nutrição
11.2. Nutrientes
11.2.1. Proteínas
11.2.2. Lipídios
11.2.3. Carboidratos
11.2.4. Vitaminas
11.2.5. Minerais
11.3. Características Desejáveis na Ração
11.4. Armazenamento da Ração
11.5. Qualidade da Ração Utilizada
11.6. Biologia Alimentar de Camarões
11.7. Outras Dicas
CAPÍTULO 12 - ENFERMIDADES
12.1. O Histórico de Enfermidades no Brasil
12.2. O Sistema Imunológico dos Camarões
12.3. Relação Entre o Ambiente e as Doenças que Afetam os Camarões
12.4. As Doenças que Afetam a Carcinicultura
12.4.1. Doenças de Notificação Obrigatória (DNO)
12.4.2. Doenças Virais
12.4.2.1. Convivência com as Doenças Virais
12.4.3. Bactérias
12.4.3.1. Bactérias Simbiontes
12.4.4. Parasitos
12.4.5. Fungos
12.5. Produtos Químicos
12.6. Coleta e Preparação de Amostras para Serem Enviadas para Análises Laboratoriais
12.7.Biosseguridade
12.7.1. Antissepsia de Pessoas e Desinfecção de Equipamentos
12.7.2. Controle de Ingresso de Pessoas e Visitas
12.7.3. Entrega de Alimentos ou Outros Insumos
12.7.4. Separação dos Lotes de Camarões na Fazenda
12.7.5. Animais Mortos
12.7.6. Registro de Atividades
12.7.7. Presença de Animais Selvagens e de Predadores
12.8. Outras Dicas
CAPÍTULO 13 - EQUIPAMENTOS E TECNOLOGIAS PARA O AUMENTO DA PRODUTIVIDADE
13.1. Aeradores
13.1.1. Aeradores para Uso em Pré-berçários
13.1.2. Aeradores para Uso em Berçários e Viveiros
13.2. Substratos Verticais
13.2.1. Alimentadores Automáticos
13.3. Biorremediadores
13.3.1. Probióticos
13.3.2. Prebióticos
13.3.3. Biotratamento da Matéria Orgânica
13.4. Outras Dicas
CAPÍTULO 14 - TÉCNICAS DE PREPARAÇÃO DOS VIVEIROS
14.1. Esvaziamento do Viveiro e Oxidação da Matéria Orgânica Residual
14.2. Desinfecção
14.2.1. Secagem do Viveiro e Exposição ao Sol
14.2.2. Tratamento de Poças e de Pontos de Estagnação de Água
14.2.3. Cloro
14.3. Análise de Solo
14.3.1. pH
14.4. Análise de Solo em Laboratório
14.4.1. Interpretação dos Resultados da Análise de Solo
14.5. Correção do Solo
14.5.1. pH
14.5.2. Matéria Orgânica
14.5.3. Relação C:N
14.5.4. Solos Sulfáticos (Sulfurosos)
14.6. Eliminação de Macrófitas dos Viveiros
14.7. Fertilização
14.7.1. Fertilizantes Químicos
14.7.1.1. Técnicas de Fertilização Inicial dos Viveiros
14.7.1.2. Dicas para Aumentar a Eficiência dos Programas de Fertilização de Viveiros
14.7.2. Fertilizantes Orgânicos (Estercos)
14.7.3. Outras Formas de Fertilização
14.7.4. Efeitos Esperados das Fertilizações
14.8. O Enchimento dos Viveiros
14.9. O Início de um Novo Ciclo de Produção
14.10. Outras Dicas
CAPÍTULO 15 - OBTENÇÃO, TRANSPORTE E ACLIMATAÇÃO DAS PÓS-LARVAS
15.1. Avaliação da Qualidade das Pós-larvas
15.1.1. Visita ao Laboratório
15.1.2. Características Macroscópicas e Microscópicas das Pós-larvas de Boa Qualidade
15.1.3. Teste de Estresse
15.1.4. A Contagem das PL
15.2. Transporte das Pós-larvas
15.3. Novo Teste de Estresse
15.4. Aclimatação das Pós-larvas
15.4.1. Material Necessário para a Aclimatação
15.4.2. Procedimentos de Aclimatação
15.4.2.1. Chegada à Fazenda
15.4.2.2. Aclimatação
15.5. Outras Dicas
CAPÍTULO 16 - POVOAMENTO
16.1. Alternativas para o Povoamento
16.2. A Recria em Pré-berçários
16.2.1. Preparação dos Pré-berçários
16.2.2. Alimentação nos Pré-berçários
16.2.3. Transferência para os viveiros de Engorda
16.3. Viveiros-berçários
16.3.1. O Cultivo nos Viveiros-berçários
16.3.2. Transferência Para os Viveiros de Engorda
16.4. Uso de Tanque-rede Como Berçário
16.4.1. Uso de Cercados
16.5. Povoamento Direto
16.6. Avaliação das Taxas Iniciais de Sobrevivência nos Viveiros de Engorda
16.7. Densidades de Povoamento
16.8. Outras Dicas
CAPÍTULO 17 - O MANEJO DOS VIVEIROS DURANTE A FASE DE ENGORDA
17.1. Monitoramento e Manutenção da Qualidade de Água
17.1.1. Temperatura
17.1.2. Salinidade
17.1.3. Oxigênio Dissolvido (OD)
17.1.4. Transparência
17.1.5. pH e Alcalinidade
17.1.6. Amônia, Nitrito e Nitrato
17.2. Fertilização
17.3. Calagem de Manutenção da Qualidade da Água
17.4. Renovação da Água
17.5. Monitoramento do Alimento Natural Presente nos Viveiros
17.6. Controle de Predadores e Competidores
17.6.1. Peixes
17.6.2. Caranguejos
17.6.3. Moluscos
17.6.4. Pássaros
17.7. Manutenção dos Viveiros
17.8. Outras Dicas
CAPÍTULO 18 - MANEJO ALIMENTAR E BIOMETRIA
18.1. Crescimento e Mortalidade
18.2. Arraçoamento
18.2.1. Uso de Bandejas de Alimentação
18.2.2. Locais de Distribuição da Ração
18.2.3. Quantidade de Ração Fornecida
18.2.4. Frequência Alimentar
18.2.5. Horário para Alimentação
18.2.6. Arraçoamento e Muda
18.2.7. Sugestões de Manejo Alimentar Durante Lua Minguante e Crescente
18.2.8. Taxa de Conversão Alimentar
18.3. Arraçoamento e Poluição Ambiental
18.4. Biometrias
18.5. Aspectos Sanitários
18.6. Outras Dicas
CAPÍTULO 19 - DESPESCA E PÓS-DESPESCA
19.1. Tamanho dos Camarões ao Abate
19.2. Procedimentos Preliminares
19.2.1. Biometria
19.2.2. Aquisição do Gelo
19.3. Despesca
19.3.1. Redução do Nível do Viveiro
19.3.2. Monitoramento das Concentrações de Oxigênio Dissolvido (OD)
19.3.3. Predadores
19.4. Despesca
19.4.1. Despesca Manual
19.4.2. Despesca Mecânica
19.4.3. Classificação
19.5. Acondicionamento dos Camarões Despescados
19.6. Pós-despesca
19.7. Outras Dicas
CAPÍTULO 20 - O MERCADO DE CAMARÕES
20.1. Entendendo o Mercado
20.2. Formas e Canais de Comercialização
20.3. Mercado Internacional
20.3.1. Tendências
20.3.2. Combate a Fraudes
20.3.3. Qualidade e Certificação
20.3.4. Redução de Preços
20.4. Mercado Nacional
BIBLIOGRAFIA CITADA
ANEXOS
MODELOS DE PLANILHAS DE CONTROLE
- Carcinicultores;
- Estudantes e professores de Biologia, Zootecnia, Medicina Veterinária e Engenheiros de Pesca.
- Demais interessados na área.