Menos de 1000 dias estão entre nós e a tão falada copa do mundo. É tão comentada não somente por causa da paixão brasileira pelo futebol, mas porque há tempos não temos um evento de tal magnitude, principalmente que direcionará os olhos de todos para o nosso país. A movimentação financeira em decorrência da copa também será algo importantíssimo. São esperados 600 mil turistas internacionais para os jogos, além dos 3,1 milhões de brasileiros que querem assistir a pelo menos um dos jogos. Isso causará uma movimentação de cerca de 135,7 bilhões de reais, somente com a recirculação do dinheiro e com o turismo. Portanto, o setor que mais se beneficiará com a copa é o turismo.
Os empregos temporários serão cruciais para recepcionar o fluxo de pessoas durante os jogos. As empresas que mais investirão em novos empregos para a época são os bares, restaurantes e hotéis, que necessitarão de mais de 350 mil novos trabalhadores. A economia do país ganha, e muito, com essa movimentação financeira. A recepção aos turistas gerará recursos inexpressíveis para o nosso país.
Mas isso somente será possível se toda a infraestrutura prometida for realmente realizada. Vários setores poderiam se sobrecarregar, comprometendo a imagem do país posteriormente. A malha rodoviária e o tráfego aéreo são os mais problemáticos na edificação do evento. O setor hoteleiro também anda mal das pernas, o que poderia prejudicar o setor turístico diretamente.
Nossas estradas e os aeroportos não recebem investimento consistente há muito tempo, em torno de 30 anos. Esse setor, principalmente em relação ao tráfego aéreo, é o mais preocupante, pois está diretamente ligado à entrada de turistas, estrangeiros ou nacionais, nas cidades que sediarão os jogos.
O lema da copa do mundo, em relação à visão do turista estrangeiro sobre o Brasil, será associar à imagem do brasileiro cordial e alegre a excelência no atendimento e na prestação de serviços. Mas, para que isso ocorra, muitas mudanças deverão acontecer.
O Ministério do Turismo (MTur) e o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) iniciaram no dia 15 de setembro estudos sobre a viabilidade de adicionar mais de 50 destinos, como forma de ampliar o turismo pelo país, para, também, promover uma maior rota turística. Além das cidades mais conhecidas, pretende-se incluir destinos menos frequentados e conhecidos pelos turistas, mesmo dos que são brasileiros.
Duas atrações já estão sendo cogitadas para entrar na lista de destinos: a Chapada Diamantina e a Região Serrana Fluminense. O objetivo dessas rotas diferenciadas, além de tentar diminuir o fluxo de pessoas nas cidades mais conhecidas e que sediarão os jogos, é oferecer rotas diferenciadas, promovendo o turismo dos arredores aos tais destinos.
A preparação para o evento deve ter início imediato. O setor turístico do nosso país será o mais cobrado, portanto é necessário que seja bem preparado, pois dele dependerá a imagem futura do nosso país. Treinar os funcionários, ampliar os empregos, melhorar a área hoteleira são somente os pontos iniciais para que dê tudo certo.
Por: Raquel Torres C. Bressan