A produção de carne suína teve seu mercado expandido graças ao desenvolvimento de novas tecnologias e técnicas de manejo. Por consequência desses fatores, a nutrição desses animais desponta como um dos fatores cruciais da cadeia produtiva. Com relação a isso, estudos vêm comprovando que a utilização de enzimas exógenas e o processamento de alimentos tem trazido bons resultados quanto à digestibilidade deles.
Não obstante, a digestibilidade depende de vários fatores, como o desenvolvimento do trato gastrointestinal e a qualidade e o tipo de matérias-primas usadas no alimento. Quando o desmame é feito precocemente, aos 21 dias de idade, o desenvolvimento fisiológico dos leitões ainda não está completo.
Já quando completam 35 dias de vida, a capacidade de digestão não está completa e, consequentemente eles acabam por não aproveitar efetivamente as dietas à base de grãos e cereais. O estômago e o intestino delgado têm a capacidade limitada, além da insuficiente secreção de enzimas digestivas, o que prejudica a absorção de nutrientes.
Para a fabricação de rações para esses animais, a matéria-prima pode apresentar alguns fatores antiqualitativos, ou seja, que prejudicam a qualidade delas. O fitato, o polissacarídeo não amiláceo e o inibidor de tripsina, por exemplo, podem reduzir o aproveitamento nutricional pelos leitões. Por conta disso, introduzir enzimas exógenas e peletizar as rações são atitudes tomadas como necessárias.
A peletização trabalha na modificação das características físicas dos nutrientes que compõem o alimento, facilitando a digestão. Já as enzimas exógenas, atuam hidrolisando frações específicas dos nutrientes, chegando a “lugares” onde as endógenas não conseguem chegar, favorecendo, também, a digestibilidade de frações da dieta, como amido e proteínas.
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Fonte: Suinocultura Industrial – suinoculturaindustrial.com.br
por Renato Rodrigues