A pecuária é uma das atividades mais importantes para a economia do nosso país. Para que se produza com qualidade, porém, os pecuaristas precisam estar atentos a vários processos fundamentais na criação dos animais, para que não haja prejuízo à saúde deles e para que se garanta o bem-estar animal.
Os autores do Livro AFE Saúde De Rebanho de Corte, Sylvio Lazzarini Neto, Herlon Meneguelli Alhadas e Marcio de Souza Duarte, esclarecem que a saúde dos rebanhos não pode ser medida através da quantidade de medicamentos que o produtor tem em sua farmácia ou na geladeira. Na verdade, quando se tem a necessidade de utilizar um alto número de medicamentos é porque a saúde do rebanho vai mal, assim como sua rentabilidade. Os cuidados com a saúde dos rebanhos se iniciam desde a gestação até a hora do abate.
Um problema comum, mas que muitos pecuaristas desconhecem as causas e como tratá-lo é a fotossensibilização de bovinos. Quando atinge a criação ela se torna um empecilho para os produtores, uma vez que provoca redução no desempenho dos animais, inclusive podendo leva-los à morte, o que acarreta prejuízos econômicos.
Sintomas
Em animais fotossensibilizados é possível perceber lesões na pele, em especial nas regiões da orelha, flancos, base da cauda e traseira. Alterações internas também ocorrem, como no fígado, que não consegue mais filtrar as impurezas do sangue e no pâncreas, que altera a liberação da bile, ambas provocando prejuízos ao metabolismo do animal.
Por conta dessas e de outras alterações que ocorrem internamente, bovinos fotossensibilizados também podem apresentar diarreia, problemas na coordenação motora, sonolência, salivação, lacrimejamento e paralisia progressiva. Ainda que não haja uma faixa de idade “preferencial” para que a fotossensibilização ocorra, há registros de maior incidência em animais com idade inferior a dois anos, tendo os bezerros mais sensíveis na fase do nascimento até a desmama.
Causas
Essa doença pode ser causada por vários fatores:
- Toxinas: produzidas por fungos, como o Pithomyces chartarum;
- Plantas: principalmente saponinas;
- Drogas: fenotiazinas, tetraciclinas, tiazinhas e sulfonamidas.
Ainda, pode ser dividida em duas, a primária e a secundária.
A fotossensibilização primária ocorre quando há ingestão de substância fotodinâmicas, como hipericina, que está presente em algumas plantas, trigo sarraceno ou em plantas contaminadas por fungos. As principais plantas que contém essa substância são a Erva de São João ou a Fagopirina. Ao chegarem aos vasos sanguíneos periféricos, essas substâncias se ativam quando recebem luz e transmitem energia extra para as células próximas, o que causa destruição e formação das lesões típicas dessa doença.
Já a secundária, também denominada hepatógena, ocorre quando alguma toxina, de qualquer origem, causa alguma lesão no fígado que afete o seu funcionamento. A partir dessa lesão, o fígado se torna incapaz de produzi a filoeritina, substância produto das reações que a clorofila participa e que também é fotossensível, provocando os mesmos sintomas da fotossensibilização primária. Entretanto, como o fígado já está afetado, os sintomas metabólicos e de desempenho aparecem de forma mais acentuada.
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Fonte: Portal KLFF – portalklff.com.br
por Renato Rodrigues
Excelente informações sobre fotossensibilização em bovinos.
Olá,Terto
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