Hebert Vilela, autor do Livro AFE Pastagem – Seleção de Plantas Forrageiras, Implantação e Adubação, ressalta que o sucesso da exploração pecuária tem como ponto básico a adequada formação de pastagens. As espécies e variedades de plantas forrageiras diferem, acentuadamente, entre si. Uma das decisões a ser tomada neste contexto, se refere à escolha da espécie forrageira que, por sua vez, está ligada a uma série de variáveis do meio.
Nesse contexto, é crucial que os pecuaristas saibam que há diversas forrageiras, que proporcionam excelentes resultados em relação à alimentação dos animais, que são classificadas quanto ao período de desenvolvimento, ao ciclo de vida e à família botânica a que pertencem.
Entretanto, mesmo com excelentes resultados produtivos e nutricionais, algumas podem não ser indicadas para determinadas regiões, devido às condições climáticas e de solo de que necessitam para se desenvolverem corretamente.
A seguir, apresentamos algumas das principais forrageiras indicadas para a Região Sul do Brasil:
Alfafa
A alfafa é uma leguminosa que apresenta excelente produtividade e qualidade. Entretanto, é menos resistente a doenças e mais exigente em relação aos solos. Sua principal utilização é no corte para a produção do feno.
Aveia
Em relação ao azevém, logo abaixo, produz forragem mais precocemente e, também, floresce mais cedo. Apresenta difícil adaptabilidade a solos úmidos e diversas variedades são utilizadas para o pasto, sendo a preta a mais comum.
Azevém
O azevém, por sua vez, é uma gramínea resistente ao pastejos e ao excesso de umidade. Também apresenta ótimos índices de produtividade e qualidade, com ciclo de vida anual e permitindo ressemeadura natural.
Capim-elefante
Também gramínea, o capim-elefante é utilizado em menor escala, geralmente em capineiras para ser oferecido aos animais no cocho. Contudo, também pode ser utilizada no pastejo e a melhor época para que seja plantado é durante a primavera.
Capim-sudão
É uma espécie que apresenta “novidade” em relação às demais: possui grande capacidade de perfilhamento e rebrote. Ainda, é rústico e produtivo, relativamente tolerante à seca e a solos úmidos.
Feijão-miúdo
Assim como a alfafa, o feijão-miúdo é uma leguminosa que pode ser utilizada no verão e no outono por sua resistência à seca. Seu ciclo de vida é anual e, geralmente, utilizado em consorciação com algumas espécies de gramíneas.
Milheto
Destaca-se por seu rápido desenvolvimento e alta produção, além de ser uma gramínea resistente à seca. O milheto necessita de calor para que possa germinar, o que torna ideal sua semeadura no final de outubro ou em novembro.
Sorgo forrageiro
Com ciclo de vida anual, o sorgo forrageiro é rústico, tolerante à seca e produtivo. Só deve ser consumido pelos animais quando atingir 70 a 80 cm de altura, pois, no início, pode apresentar uma substância que provoca intoxicação no gado.
Trevos
Algumas espécies de trevo são indicadas para a Região Sul, como o trevo branco, o vermelho e o vesiculoso. Em comum, apresentam alta qualidade nutritiva e são leguminosas, de ciclo de vida perene ou anual.
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Fonte: EMBRAPA Clima Temperado – embrapa.br
por Renato Rodrigues