As plantas tóxicas exercem influências variáveis sobre as diversas espécies animais.
O comportamento tóxico das plantas é bastante variável, pois depende do seu ciclo vital. Uma planta pode ser forrageira em certa época do ano e tóxica em outra ocasião. Umas são tóxicas só em determinadas regiões e, uma vez transportadas para outros lugares tornam-se inócuas. Conclui-se do exposto que muitas plantas são tóxicas só em determinadas regiões, em certas ocasiões do seu ciclo de vida e muitas vezes apenas em algumas de suas partes.
As plantas tóxicas exercem influências variáveis sobre as diversas espécies animais. Assim, os efeitos da toxidez se fazem sentir sob algumas condições, dentre as quais se destacam as seguintes:
Espécie animal – Sabe-se que algumas plantas são tóxicas para uns animais e inócuas para outros, ou seja, há plantas que intoxicam determinadas espécies animais e nenhum mal causa a outras. É o caso dos poligástricos que são muito menos resistentes que os monogástricos. Deste modo, os equinos resistem melhor à intoxicação que os bovinos.
Das espécies animais, os bovinos são os que mais comumente são vítimas das plantas tóxicas, pois sua gustação quase nula e sua rápida degustação, os impedem de rejeitar o que laçam com a língua coisas estranhas aos alimentos.
A digestão muito demorada, também enseja maior possibilidade de absorção do tóxico. Além disso, a criação extensiva, à solta, o que os grandes rebanhos são submetidos e onde o animal procura seu próprio alimento, torna mais fácil o acidente;
Raça – Os efeitos das plantas tóxicas sobre os animais se manifestam mais nas raças importadas, as quais sofrem mais intensamente os efeitos das toxinas;
Idade – Em referência à idade, os animais jovens resistem menos à ação das plantas tóxicas do que os animais adultos;
Cor do animal – De modo geral, os animais brancos apresentam mais sensibilidade às ações tóxicas fotossensibilizadoras;
Sexo – A diferença do sexo dos animais poderá alterar a susceptibilidade dos mesmos aos efeitos tóxicos das plantas, como por exemplo, os alcalóides do grupo ”pirrolizidínico”, como informam ANDRADE & MATTOS (1968). Comuns em diversas espécies de Senecio e Crotalaria foram objetos de investigações quanto à importância do sexo dos animais em relação aos seus efeitos tóxicos. Finalmente, estudos realizados sobre a ”monocrotalina”, indicam a maior resistência das fêmeas em relação aos animais machos. Vale ressaltar que a diferença da susceptibilidade dos sexos poderá existir para outros alcaloides, e;
Estado nutricional – O estado de nutrição dos animais influencia diretamente sobre sua resistência a toxinas.
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