“Os jardins permitem os mais variados sistemas de irrigação, mas o ideal depende das particularidades de cada jardim e dos propósitos de quem pretende implantá-lo. As possibilidades são muitas, inclusive sistemas mais sustentáveis. Depois, basta um bom projeto de irrigação para se chegar a resultados surpreendentes”, ressalta José Augusto de Lira Filho, autor do Livro AFE Paisagismo - Elaboração de Projetos de Jardins.
Irrigação por aspersão
A irrigação por aspersão trabalha com sprinklers, cuja água chega por tubulações. Quando o jardim é irrigado, o sistema asperge água nas folhas e a água escoa para o substrato. Os aspersores se movimentam pela pressão da água para abranger uma área maior. Essa irrigação é indicada para jardins de porte médio, que precisam ser irrigados continuamente, mas com quantidade moderada de água.
Irrigação por gotejamento
A irrigação por gotejamento é indicada para jardins de porte pequeno, que exigem menor quantidade de água e são cultivados em regiões mais secas. Nesse sistema, a água chega por uma tubulação especial constituída de furos. Por meio deles, a água goteja diretamente no substrato ao invés de molhar a parte aérea das plantas. A frequência do gotejamento é determinada basicamente pela pressão da água.
Irrigação por microaspersão
A irrigação por microaspersão é indicada para pequenos jardins e é ainda mais econômica que a irrigação por aspersão. Na verdade, nas tubulações, passa menor quantidade de água, que forma microgotículas e, consequentemente, cria uma névoa nas folhas das plantas. Essa névoa mantém o solo umedecido, sem gastos volumétricos de água, o que garante o uso sustentável e racional na água.
Irrigação de superfície
A irrigação por superfície é indicada para jardins de grande porte. Por meio da gravidade, a água chega até o solo e escoa para a área onde se encontra o jardim (em nível mais baixo). Na verdade, como o sistema forma sulcos no solo, o volume de água gasto é considerável e, por isso, não é muito utilizado. Salvo em conjunto com a irrigação por inundação, recomendada para jardins com plantas semiaquáticas.
Irrigação por pivô central
A irrigação por pivô central difere da irrigação por aspersão por ser realizada de uma estrutura suspensa (pivô), que asperge água em uma área normalmente circular. Como requer maior investimento, é indicada para locais com extensos jardins. Normalmente, esse sistema é mais utilizado em parques, com grande economia de água, que é utilizada na quantidade adequada e no momento certo.
Irrigação por autorrega
A irrigação por autorrega é um tipo de irrigação artesanal, focada na sustentabilidade. Para fazê-lo, basta uma garrafa pet incolor cortada na horizontal. A tampa deve ser furada, com espaço para passar um barbante, que deve ficar parte dentro e parte fora da garrafa. A água deve ser colocada na parte maior da garrafa e o substrato com a muda na parte menor. Por fim, é só encaixar a metade menor na maior com o barbante submerso na água.
Conheça os Livros AFE da Área Jardinagem e Paisagismo:
Paisagismo - Elaboração de Projetos de Jardins
Implantação de Jardins e Áreas Verdes
Substrato, Adubação e Irrigação na Produção de Mudas
Fonte: Tok & Stock - maistokstok.com.br
Por Andréa Oliveira.