José Geraldo Barbosa, autor do Livro AFE Produção Comercial de Rosas, destaca que a roseira sempre desempenhou papel de destaque entre as plantas ornamentais, sendo hoje uma das floríferas mais apreciadas do mundo. O cultivo de flores e plantas ornamentais como atividade econômica é uma realidade no Brasil, sendo a rosa a flor mais comercializada.
No entanto, além das rosas, outras flores também podem ser cultivadas com objetivo comercial. Por exemplo, as flores tropicais são sinônimo de beleza e colorido, ornamentando ambientes e, ao mesmo tempo, trazendo requinte e leveza. Pela característica tropical, são, ainda uma excelente opção para cultivo em nosso país.
Em comparação às flores convencionais, as flores tropicais são mais duráveis e seu manejo é mais simplificado, além de se adaptar ao clima mais facilmente e de apresentar rusticidade. Nesse contexto todo, possuem grande potencial para aumentar ainda mais a rentabilidade do floricultor em qualquer lugar do Brasil.
Então, que tal conhecer as principais flores de clima tropical?
- Abacaxi-ornamental
Como o próprio nome sugere, a abacaxi-tropical é uma planta que produz flores semelhantes ao abacaxi. É perene e seu cultivo deve ser feito a pleno sol ou a meia-sombra, com faixa de temperatura ideal para cultivo de 20°C a 30°C. Não exige solos muito férteis para ser cultivada e sua multiplicação é feita por mudas.
- Alpínia
O cultivo da alpínia é um pouco mais delicado e precisa ser feito em ambiente protegido, com 40% a 60% de sombreamento. Essa planta não suporta temperaturas baixas e demanda solo rico em matéria orgânica, arejado e bem drenado. Suas inflorescências variam em tonalidade do branco ao vermelho.
- Antúrio
Uma flor já bastante popular, o antúrio apresenta inflorescências chamativas e com variação tonal, também, de branco a vermelho. Sua multiplicação é feia por estaquia de caule, por mudas laterais ou por micropropagação. Contudo, demanda ambiente protegido e com 50% a 90% de sombreamento para ser cultivado.
- Bastão-do-imperador
Outra planta perene, o bastão-do-imperador pode atingir 4m de altura e apresenta, mais além das folhas grandes, inflorescências terminais com formato de cone ou pirâmide. A multiplicação é feita por rizomas retirados das touceiras e o cultivo tem que ser feito a pleno sol, com temperaturas entre 22°C e 35°C.
- Estrelítizia
As inflorescências da estrelítzia são um tanto quanto exóticas, apresentando hastes floris alongadas e terminais com flores alaranjadas formadas diretamente no rizoma. Suas flores, mais do que atrativas, também são duráveis. Seu cultivo tem que ser feito em solo rico em matéria orgânica, arejado e bem drenado, mas sempre úmido.
- Helicônia
Na “paleta de cores” da helicônia, estão presentes as clores clássicas e até o marrom. Particularmente, o cultivo precisa ser feito em um local parcial ou totalmente sombreado, a depender da variedade selecionada. Exige, para desenvolvimento ideal, temperaturas entre 21°C e 35°C.
- Musa
Além do nome, as inflorescências terminais eretas e com cores que variam de rosa a roxo da musa também despertam a atenção das pessoas. Suas folhas são grandes e alongadas e a multiplicação é realizara a partir dos rizomas que são retirados das touceiras. O cultivo exigido por ela é a pleno sol ou a meia-sombra.
- Gengibre-sorvetão
Planta herbácea, o gengibre-sorvetão é caracterizado por inflorescências terminais arredondadas ou alongadas, com coloração amarelo-claro que varia a rosa-avermelhado quando a planta está totalmente desenvolvida. É mais uma pertencente ao “grupo” das plantas que demandam cultivo em ambiente protegido, com 40% a 60% de sombreamento.
- Tapeinóquilo
Apesar de seu nome ser incomum, o tapeinóquilo é considerado uma planta ornamental popular, composto de flores vistosas e vermelhas. Qualquer temperatura entre 25°C e 30°C é considerada adequada para essa planta, que é multiplicada por rizomas que são retirados das touceiras.
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Produção Comercial de Rosas
Crisântemos
Cultivo de Bromélias
Fonte: RURAL, Serviço Nacional de Aprendizagem. Plantas ornamentais: produção de flores de corte. / Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). — Brasília: SENAR, 2016. 80 p. il.
por Renato Rodrigues
