Uma das criações que tem se destacado no cenário brasileiro é a criação de codornas. Além do ovo, popularizado e muito consumido pelos brasileiros, a sua carne também é apreciada e ganha cada vez mais espaço na gastronomia. Além disso, a facilidade no manejo e o baixo custo de investimento também são pontos que contam a favor dessa criação.
Os autores do Livro AFE Criação de Codornas – Para Produção de Ovos e Carne ainda acrescentam que essa atividade atrai os pequenos criadores porque necessita de espaço pequeno para sua implantação, exige baixo investimento e a precocidade e rusticidade dessas aves agilizam o retorno dos investimentos iniciais.
Do gênero coturnix, a codorna japonesa, mais comum para a criação doméstica, apresenta postura diária e ovos com pouco colesterol, muita proteína, vitamina B1 e B2, além de nutrientes como ferro, fósforo e cálcio, consolidando-se como um alimento saudável.
Apresenta semelhança física com a galinha, porém é menor. Seu corpo é camuflado e sua pigmentação é marrom, com peso que varia de 120 a 130 gramas. Produtiva, fácil de ser manejada e crescimento rápido são algumas características dessa ave.
Confira a seguir algumas informações importantes para quem deseja iniciar uma criação de codornas:
Início
Em primeiro lugar, vale investir em capacitação para a criação das aves, para que a criação obtenha sucesso. O investimento inicial é baixo, com valor aproximado de R$7 a R$18 por ave, de acordo com o sistema de criação adotado. Também é possível produzir pintainhas, que são as codornas de um dia de vida.
Ambiente
Para criar essas pequenas aves, é preciso dispor de um ambiente tranquilo e ventilado, sem correntes de ar. A iluminação deve ser programada, pois as aves não podem receber luz solar direta. A temperatura ideal está entre 24°C e 27ºC, com umidade relativa próxima a 60%.
Gaiolas
Sugere-se que sejam feitas de arame galvanizado, com um tamanho de 30x30x30 cm e altura de 12cm a 15cm. Existem gaiolas especiais encontradas em lojas de produtos agropecuários que, por exemplo, evitam o contato dos pés das aves com as fezes e facilitam o declive dos ovos para a bandeja na base.
Cuidados
Essas aves não possuem um protocolo de vacinação definido. Então, é preciso protegê-las, evitando o acesso de predadores e a eventual fuga dos animais. Também é preciso adotar medidas para afastas roedores, moscas e outras pragas.
Alimentação
Deve ser oferecida de acordo com a finalidade da criação, isto é, para a produção de ovos ou de carne. Se possível consulte um especialista para melhor orientação, uma vez que os custos com a alimentação representam de 70% a 80%. Recomenda-se usar rações para fase inicial, de crescimento e de postura com índices de 25% de proteína bruta, 3000kcal/kg, 3,5% de cálcio e 1,1% de fósforo.
Reprodução
Entre os 35 e 42 dias de vida a fêmea inicia a fase da reprodução, ao passo que o macho demora 70 a 90 dias. Porém, uma boa opção pode ser a incubação de ovos férteis.
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Fonte: José Evandro de Moraes para Globo Rural – revistagloborural.globo.com
por Renato Rodrigues
