Em comparação à agricultura tradicional, a orgânica é caracterizada como uma forma mais natural de cultivo, na qual não há a utilização de agrotóxicos ou substâncias químicas para potencialização das culturas. Isso garante um alimento com mais qualidade e, ao mesmo tempo, mais saudável para o consumo humano.
Jacimar Souza, um dos autores do Livro AFE Manual de Horticultura Orgânica, destaca que o cultivo orgânico tem crescido exponencialmente não só no Brasil, como também no mundo, provocando mudanças em toda a cadeia de produção de alimentos. Soma-se a isso o fato de que os produtos orgânicos possuem bom valor agregado, garantido bons lucros aos produtores.
Nesse contexto, é necessário entender qual a importância desse tipo de cultivo para todo o mundo. Fique ligado:
O que é agricultura orgânica?
A Associação de Agricultura Orgânica explica que agricultura orgânica é um processo produtivo comprometido com a organicidade e sanidade da produção de alimentos vivos para garantir a saúde dos seres humanos, razão pela qual usa e desenvolve tecnologias apropriadas à realidade local de solo, topografia, clima, água, radiações e biodiversidade própria de cada contexto, mantendo a harmonia de todos esses elementos entre si e com os seres humanos.
O resultado desse cultivo é um alimento saudável, saboroso e mais durável. Outra grande vantagem desse cultivo é o benefício ao solo, pois ele se mantém estruturado e fértil e erosões e degradação são evitadas. Além desses, há vários outros fatores que atestam o caráter positivo do cultivo orgânico.
Fundamentos da agricultura orgânica
Ainda que o principal objetivo dos sistemas orgânicos de cultivo seja produzir um alimento com mais qualidade e saúde, eles possuem quatro fundamentos, isto é, quatro princípios básicos que norteiam a produção orgânica:
- O respeito à natureza, preservando o solo e os recursos naturais;
- A diversificação de culturas, preocupando-se com a diversificação da produção;
- O solo, que deve ser preservado e cuidado;
- E o sistema independente, separado da produção agrícola com objetivo industrial.
Quais as diferenças entre a agricultura convencional e a agricultura orgânica?
Há diferenças significativas entre as duas formas de cultivo em relação a alguns pontos:
- Preparo do solo
Em relação ao preparo do solo, enquanto na agricultura convencional ele é feito com aração e gradagem de forma intensiva, na agricultura orgânica ele recebe mais atenção e é tratado como um organismo vivo, de forma mais cuidadosa.
- Adubação
Os fertilizantes químicos são empregados nas diversas culturas da agricultura convencional em larga escala, ao passo que os organismos vegetais cultivados em sistema orgânico recebem adubos orgânicos.
- Controle de pragas e doenças
A opção por produtos químicos como pesticidas, inseticidas e fungicidas é comum na agricultura convencional. Já na agricultura orgânica, as pragas e as doenças são controladas com medidas preventivas e com produtos naturais.
- Controle de ervas
Em grande parte dos casos, as ervas daninhas são controladas com herbicidas químicos, uma vez que o mato é classificado como tal. De forma oposta, o mato é considerado benéfico à plantação, sendo controlado de forma manual, mecânica e a partir da prevenção.
- Sintomas ao Meio Ambiente
O cenário de poluição das águas e degradação do solo é o principal legado da agricultura convencional. Ao contrário disso, a partir do cultivo orgânico, o meio ambiente é beneficiado com a preservação do solo e das fontes de água.
Conheça nossos Livros da Área Agricultura Orgânica:
Manual de Horticultura Orgânica
Cultivo Orgânico de Plantas Medicinais
Cultivo Orgânico de Tomate
Fontes: Pix Force – pixforce.com.br
AAO – Associação de Agricultura Orgânica – aao.org.br
por Renato Rodrigues
