Fábio Hosken, um dos autores do Livro AFE Criação de Canários de Cor, destaca que os canários começaram a ser criados pelo homem por volta do século XIII. Desde então, uma grande variedade de raças surgiu, através das mutações, criações seletivas e até mesmo hibridações.
Conhecidos por serem canoras, essas aves são as mais populares em todo o país e, além do canto alegre, despertam a atenção de criadores por apresentarem criação fácil e econômica. Atualmente, existem mais de 350 cores de canários diferentes e mais de 30 tipos reconhecidos oficialmente.
Dividem espaço com os periquitos como sendo a ave doméstica mais abundante no mundo. As raças são divididas em três grandes grupos:
Canários de canto
Nesse grupo, estão as aves que possuem grande aptidão para o canto, conseguindo aprender e reproduzir melodias complexas e uma grande variedade de sons:
- Canário Timbrado Espanhol
Originário da Espanha, é uma raça mais recente e com canto variado, poderoso e alegre. Alguns canaricultores acreditam que a melodia do canário timbrado espanhol se assemelha ao som das castanholas.
- Canário Roller
Nativo da Alemanha, é a raça de canário mais antiga. Além de aparentar força e boa saúde, acredita-se que, em seu canto, o canário roller seja capaz de combinar elegância, ritmo e poder.
- Canário Cantor Americano
Como o próprio nome sugere, esse canário é criado nos Estados Unidos e são apreciados não só por conta do canto variado e melódico, como também pela aparência – que é chamativa e vigorosa – e pela saúde.
Canários de cor
A partir da cor das plumagens, os canários de cor ainda são subdivididos de acordo com o pigmento predominante nelas: lipocrômicos, com tons de branco dominante e recessivo, amarelos e vermelhos; e melânicos, os de tons pretos, ágata, verde, bromo, isabel, marrom e tons acastanhados.
Canários de porte
Possuem como principal característica a morfologia e precisam apresentar algumas específicas para serem considerados de porte. Também são divididos em subgrupos: de penas onduladas, de penas lisas, de topete, de forma de penas lisas e de desenho. Conheça as principais raças de alguns desses subgrupos:
- Penas onduladas: Canário Giboso e Canário de Tenerife
O canário giboso é de origem italiana e apresenta um corpo curvado, plumagem fina e reminiscências serpentiformes na cabeça e no pescoço, ao passo que o de Tenerife caracteriza-se por uma plumagem mista, com penas volumosas onduladas e penas lisas, sedosas e compactas.
- Penas lisas: Canário Bossu Belga e Canário Muniquês
Enquanto o canário bossu belga é de porte médio e robusto com plumagem sedosa e de coloração sólida ou manchada, o canário muniquês apresenta peito estreito e costas magras, com plumagem lisa e bem aderida ao corpo, de coloração uniforme ou manchada.
- Topete: Canário de Crista e Canário Lancashire
Os canários que possuem algum tipo de “franja”, são classificados como canários de topete, característica que confere a essas aves uma aparência única. O canário de crista é dotado de um topete redondo, simétrico e bem centrado em sua cabeça. O canário lancashire, por sua vez, apresenta topete em forma de ferradura.
Outras raças de canário
Além do Canário-da-terra, espécie extremamente popular em nosso país e responsável pelo apelido da nossa “Seleção canarinho”, há também o Canário-rasteiro, o Canário-do-amazonas e o Tipio (ou Canário-da-horta), todos vivendo em nosso país. Outras raças de destaque são o Bernois, o Norwich e o Llarguet, originários da Europa.
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Fonte: Perito Animal – peritoanimal.com.br
por Renato Rodrigues
