Muitos criadores de cavalos investem na Inseminação Artificial para o melhoramento genético da tropa. Embora seja possível utilizar sêmen fresco, congelado ou resfriado, a técnica mais utilizada é a que utiliza sêmen resfriado. O principal motivo é porque o material pode ser conservado por 48 horas, o que permite o transporte para regiões distantes, até mesmo entre países por via aérea.
Principais vantagens da IA
A Inseminação Artificial em equinos permite que cavalos com subfertilidade gerem descendentes, otimiza a realização de testes de progênie e impede a transmissão de doenças venéreas no plantel. Entretanto, para o sucesso da IA, o manejo reprodutivo deve ser o melhor (para maiores índices de fertilidade), a técnica deve ser realizada por profissional qualificado e a propriedade deve seguir um bom programa sanitário.
Características desejáveis do garanhão e da água
Além disso, o garanhão doador do sêmen e a égua a ser inseminada devem apresentar bom padrão de qualidade para a IA. Na verdade, ambos os equinos devem apresentar superioridade comprovada. No caso do garanhão, ele deve apresentar alto potencial genético, com maior número de atributos desejáveis, para produzir descendentes de qualidade, com elevado desempenho reprodutivo.
Para cavalos direcionados a competições, o garanhão deve apresentar excelente performance competitiva, bem como boa morfologia, com aparelho reprodutor saudável, além de sêmen com bom padrão quantitativo e qualitativo. Sem falar que o equino deve apresentar comportamento dócil, ser inteligente e responder bem aos comandos do cavaleiro ou da amazona. O mesmo vale para a égua, além da habilidade materna para gerar potros vigorosos.
Consanguinidade
Torna-se essencial avaliar as condições reprodutivas e de saúde da égua e do garanhão para que sejam gerados descendentes superiores. Da mesma forma, devem ser avaliados os atributos individuais da égua e do garanhão com base nos resultados da cópula. Em hipótese alguma, deve ser permitida a cópula entre animais que sejam parentes. Por outro lado, cópulas com bons resultados devem ser repetidas se não houver consanguinidade.
Estação de monta
No período de setembro a fevereiro, conhecido como estação de monta, ocorre o maior índice de cios férteis, que pode variar de acordo com a raça e o clima regional. Esta é a época em que a atividade reprodutiva das éguas está no auge. Por esse motivo, elas devem ser monitoradas e manejadas adequadamente para maior eficiência reprodutiva.
Como na estação de monta todas as atividades se concentram na reprodução, o manejo reprodutivo é realizado com mais qualidade. Inclusive, as éguas não prenhas têm mais tempo para passarem por nova inseminação. Já as éguas prenhas mais cedo terão mais tempo para se recuperarem do parto até a próxima estação de monta.
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Fonte: Cursos CPT
Por Andréa Oliveira