A forma de manejar os frangos tem impacto significativo nos lucros e pode ser determinante nos prejuízos. Uma das atividades mais difundidas da Agropecuária, a criação de frangos de corte é altamente lucrativa e promete retorno rápido aos seus criadores. Cada detalhe torna-se crucial no sucesso dessa atividade, como alguns pequenos ajustes e cuidados com a água, temperatura e ração.
“A avicultura se consolidou como uma das principais atividades pecuárias do país. A expansão do mercado interno é tarefa que cabe à sociedade. Desde que a melhor distribuição de renda aumente a capacidade de aquisição do consumidor, a indústria avícola tem como responder à demanda.”, considera Tadeu Cotta, autor do Livro Frangos de Corte – Criação, Abate e Comercialização, da Aprenda Fácil Editora.
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Para começar, é importante fazer uma pesquisa de mercado para definir o porte e se o investimento dará retorno. Depois, é preciso ter recursos para o investimento inicial. Na hora de colocar em prática, deve-se contratar um técnico para a elaboração, execução e suporte técnico do projeto do aviário. Vale ressaltar que água de boa qualidade e energia elétrica são elementos básicos para qualquer criação. A mão de obra deverá ser exclusiva e ter dedicação permanente ao aviário.
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O aviário deverá ser isolado de outras criações. O local de instalação deve ser seco, arejado e protegido de ventos fortes. Para assegurar a saúde dos animais, antes de levá-los ao aviário, certifique-se que ele está limpo e sem a presença de aves por, pelo menos, 10 dias, processo denominado vazio sanitário. Depois, basta desinfetar o local e os equipamentos que serão utilizados no manejo um dia antes da introdução dos pintinhos.
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Ainda antes de recebê-los, deve-se verificar se o aviário está abastecido com comida e água e o funcionamento das campânulas. Na conferência, separar e anotar os pintinhos que venham defeituosos ou que apresentem inviabilidade de sobrevivência e alojar em cada aviário somente pintinhos da mesma idade.
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A temperatura deve ser regulada para que as aves atinjam o crescimento adequado: 32°C no primeiro dia, 30°C do segundo ao sétimo, 29°C na segunda semana, 27°C na terceira e 24°C na quarta. A distribuição da luz deve ser uniforme em todo o aviário e o telhado deve ter cobertura refletiva, para evitar o aquecimento solar, e material isolante. O correto controle da temperatura proporciona melhor taxa de conversão alimentar aos pintinhos e maior taxa de crescimento.
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O círculo de proteção deve ser aberto gradativamente, a partir do terceiro dia. Sua função é proteger os pintos nos primeiros dias de vida, período em que são altamente sensíveis às mudanças de temperatura. Além de proteger, garante que fiquem mais próximos da fonte de calor, dos bebedouros, da ração, evita correntes de ar e facilita a inspeção diária do tratador.
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Ainda na fase inicial, é importante distribuir bem os bebedouros. O fornecimento deverá ser diário de água limpa e fresca. A altura deve ser ajustada para que as aves consigam beber água tranquilamente e para que evite o desperdício, que pode causar apodrecimento da cama do aviário.
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O comedouro mais usado nos primeiros dias de vida é o tipo bandeja, respeitando o limite de 80 pintos por comedouro. Após a alimentação, a ração deve ser peneirada, pois as aves sujam a ração com as fezes e restos da cama. É mais indicado fornecer poucas quantidades várias vezes ao dia.
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As cortinas mantêm a temperatura e por isso deve estar fechadas nos primeiros dias e abrindo-as em dias mais quentes. Caso o aviário esteja abafado e com cheiro de amônia, o lado das cortinas que não recebe vento deve ser aberto para que a troca de ar ocorra sem prejuízo aos pintos.
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A principal função da cama do aviário é isolar a temperatura entre o piso e as patas das aves, diminuindo a umidade e mantendo os microrganismos que equilibram o ambiente e protegem as aves contra enfermidades e o conforto das mesmas. Deve ter altura ente 5 e 10 cm e deve ser instalada com o aviário limpo e desinfetado. Só deve ser trocada se apresentar umidade, encrostamento ou na saída do lote das aves.
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Antes da apanha, as aves devem ter o acesso à ração interrompido a fim de reduzir o conteúdo gastrointestinal, o que diminui a possibilidade de contaminar a carcaça e evisceração, consequência do rompimento do inglúvio e/ou intestino. No momento da apanha, devem ser agrupadas em pequenos grupos, para facilitar o processo.
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Fonte: Avicultura Industrial – aviculturaindustrial.com.br
por Renato Rodrigues
