Luiz Albino, um dos autores do Livro AFE Criação de Frango e Galinha Caipira, alerta para as principais doenças que podem acometer as aves e prejudicar a produtividade. É necessário estar atento aos sintomas e solicitar a presença de um médio veterinário para que se realize um diagnóstico mais preciso.
Dentre as doenças mais comuns na avicultura, podemos destacar a Coccidiose, causada por um protozoário e que afeta diretamente o intestino das aves. Provoca diarreia e enterite, o que resulta em menor absorção de nutrientes pelos animais e consequente queda na produtividade.
Não só as galinhas podem ser afetadas, como codornas, perus, marrecos, faisões, angolinhas, pavões, pombos e outras aves. O protozoário que se instala e parasita as células intestinais é do gênero Eimeria, como o Eimeria tenella e o Eimeria necatrix. Esses parasitas, apesar de preferirem aves mais jovens, não costumam escolher muito e podem atacar aves de diferentes idades.
Entretanto, quanto mais jovens, mais suscetíveis à doença estão e ela pode ocorrer com maior gravidade, se não tomadas as medidas profiláticas necessárias. Aves recém-nascidas são mais sensíveis à coccidiose e, por isso, requerem maior atenção.
A doença
As aves que contraem a coccidiose facilitam a entrada do protozoário ao se hidratarem ou alimentarem. Os oocistos de eimérias podem ser encontrados em águas contaminadas, em excrementos e em detritos, principalmente quando estão úmidos; e podem ser ingeridos em sua forma infestante.
Aves criadas sobre camas ou “no chão” podem contrair a doença mais facilmente do que as criadas sobre telas, uma vez que, no segundo caso, os animais não têm contato com o ambiente úmido ideal para o desenvolvimento dos protozoários causadores dessa doença.
Sintomas
Ao contraírem a coccidiose, as aves mudam o comportamento e começam a aparecer mais tristes, arrepiadas, tiristantes, com as asas caídas e amontoadas nos cantos do criadouro. A diarreia provocada pela doença é sanguinolenta e pode matar as aves em poucos dias se não tratada prontamente.
Diagnóstico
Para diagnosticar a doença, deve-se avaliar os sintomas externos, as fezes ou o conteúdo intestinal, que pode indicar a presença de oocistos. É necessário solicitar a presença de um médico veterinário. Esses oocistos são eliminados nas fezes mas não conseguem infectar uma ave imediatamente, pois precisam de um tempo para amadurecimento.
Prevenção
Garantir a limpeza do local onde as aves vivem e a higiene rigorosa, além de fornecer rações balanceadas com coccideostáticos são medidas importantes para prevenir a criação dessa doença. Ainda, aves doentes ou com suspeita devem ser mantidas longe das saudáveis, para que sejam curadas ou descartadas.
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Fonte: Rural News – ruralnews.com.br
por Renato Rodrigues