Uma das bebidas mais conhecidas no mundo, o leite é nutritivo e ainda serve como matéria prima para a fabricação de uma infinidade de produtos lácteos. Seus benefícios à saúde humana já são cientificamente comprovados, mas, ainda assim, há gente que o considere como um vilão.
O leite deve passar por um processo cuidadoso e que envolve várias etapas, para garantir sua qualidade de não afetar a sua composição e nem, por exemplo, ser contaminado por microrganismos patógenos.
Basicamente, o leite é composto por água, gordura, proteína, lactose e minerais na seguinte proporção: 84% a 90%; 2,5%a 6%; 2,8% a 4,5%; 3,5% a 6%; e menos de 1%, respectivamente. Porém, essa composição pode variar devido a vários fatores. Apresentamos alguns a seguir:
Genética
Dada a diversidade de raças de gado leiteiro existentes em nosso país, é um pouco redundante dizer que cada uma produz leite com alguma variação na composição. Dos componentes mencionados acima, o teor de gordura é o que mais varia, ao passo que a lactose e os minerais apresentam variação mínima. Porém, tem sido crescente a observação de variações maiores entre indivíduos de uma mesma raça frente à variação entre raças.
Estágio de lactação
Nos três primeiros meses de lactação da vaca, os níveis de gordura, proteína e lactose caem. Após esse período, somente a lactose continua caindo, enquanto a gordura e a proteína voltam a crescer. Essa variação segue até o final da lactação caso a vaca não esteja gestante. Em animais com lactação e gestação concomitantes, a lactose aumenta nas últimas semanas de lactação e os outros componentes se elevam de forma mais rápida.
Ordem de lactação
Animais que estão dando sua primeira cria possuem mais teores de gordura, proteína e lactose em seu leite do que vacas que já pariram alguma vez. Na segunda e terceira lactação, esses componentes são mais baixos e apresentam crescimento a partir da quarta lactação.
Práticas de ordenha
O índice de gordura presente no leite é maior quando as vacas passam por ordenhas mais frequentes.
Ambiente
As variações de temperatura também influenciam nos índices de gordura do leite. Isso significa que em cada estação do ano, em zonas temperadas, esse índice muda. O calor, por exemplo, pode atuar como um redutor da gordura presente no leite, enquanto o frio atua como um intensificador.
Doenças
Vacas que apresentam doenças como a mastite, diretamente relacionada à produção e ordenha do leite, também sofrem com alteração na qualidade do seu leite: além de produzirem mesmo, os níveis de gordura e lactose são menores. Somente as proteínas não se alteram, mas o leite ordenhado a partir de animais que apresentam mastite não é ideal para consumo.
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Fonte: Dairy Equipamentos – dairy.com.br
por Renato Rodrigues