Um dos principais objetivos da criação de minhocas é a vermicompostagem. Esse processo consiste na utilização desses anelídeos para a transformação de resíduos orgânicos em um adubo orgânico com excelentes propriedades, conhecido como vermicomposto ou húmus de minhocas.
Marcos Cesar Migdalski, autor do Livro AFE Criação de Minhocas e Técnicas de Vermicompostagem – Guia Prático, ressalta que, do ponto de vista financeiro, o minhocultor precisa analisar a entrada nesse “ramo”, realizando um planejamento financeiro para avaliar custos e outros aspectos da atividade.
A técnica da vermicompostagem é muito utilizada por ser um processo rápido e simplificado. Além disso, ela assume uma responsabilidade ecológica, uma vez que os resíduos orgânicos possuem uma finalidade prática, sendo reaproveitados corretamente. Logo, as minhocas degradam a matéria orgânica e a transformam em húmus.
Esse fertilizante obtido ao final do processo pode ser utilizado em diversos cultivos e é muito potente. É um produto inodoro, leve, macio, solto, granulado e rico em minerais que serão absorvidos pelas plantas, podendo ser depositado diretamente nas raízes sem causar prejuízos a elas.
Vantagens da vermicompostagem
Em se tratando de benefícios que a utilização da técnica proporciona, é possível listar alguns deles, como a eliminação de agentes patogênicos que possam estar presentes nos resíduos orgânicos e a execução de uma técnica que não produz odores ruins. Os materiais instáveis e poluentes são transformados em materiais estáveis, diminuindo o impacto ambiental causado no ar, águas e no solo.
Os resíduos domésticos biodegradáveis que são empregados na vermicompostagem são reciclados e, consequentemente, o volume de lixo produzido se torna menor. Seguindo essa mesma linha de raciocínio, os resíduos orgânicos passam a ser valorizados e a produção de um fertilizante natural ganha destaque.
É possível lucrar com a vermicompostagem?
Tanto empresas quanto pessoas “comuns” podem investir nessa técnica para transformar seus resíduos e lucrar com eles. Vale destacar que a atividade é lucrativa, mas alguns aspectos devem ser observados para a produção do vermicomposto, como a disponibilidade de matéria-prima. Ainda, a localização do empreendimento interfere diretamente no sucesso dele, pois quanto mais próximo do mercado consumidor, mais barato o produto será.
O que preciso para montar uma composteira?
As composteiras comuns são compostas de 3 partes, que podem ser 3 caixas empilhadas uma sobre a outra, tomando o cuidado para que sejam “perfeitamente” empilháveis, isto é, que encaixem uma na outra. A primeira caixa deve possuir uma tampa e funciona como uma caixa digestora, assim como a segunda. A terceira é a caixa coletora, que será utilizada para o chorume.
Nas composteiras, é possível depositar restos de vegetais e de frutas, grãos, folhas de chá, borra de café e cascas de ovos. Caso sejam triturados antes de serem introduzidos na caixa de compostagem, o trabalho das minhocas será mais rápido e eficiente. Dentre os resíduos orgânicos que devem ser evitados estão: carnes, peixes, alimentos fritos, saladas temperadas com vinagre, azeite e óleos, frutos cítricos, laticínios, fezes de animais, alimentos gordurosos no geral e resíduos que tenham sido tratados com pesticidas.
As caixas podem ser de madeira ou de qualquer outro material que garanta integridade da composteira. É essencial que possuam furos para melhor ventilação e drenagem. Também, deve-se ter cuidado com moscas e outros insetos que podem ser atraídos pelos resíduos e podem prejudicar o trabalho das minhocas.
A composteira deve ser posicionada em um local fresco e ventilado. Ao selecionar as espécies de minhocas, recomenda-se as minhocas californianas ou as minhocas da terra. Elas necessitarão de serem alimentadas regularmente para que possam produzir o húmus.
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Fontes: VG Resíduos – vgresiduos.com.br/blog/
eCycle – ecycle.com.br
por Renato Rodrigues