Para quem investe na piscicultura, é importante saber qual o melhor alimento para o seu peixe, dado que o investimento em rações é alto e é a ração que determina a melhor saúde e o bom desenvolvimento do peixe. Para chegar à melhor ração, é preciso um estudo aprofundado da anatomia do peixe, para entender suas reais necessidades e poder concentrá-las na ração. Conheça alguns órgãos do sistema digestivo:
Cecos pilóricos
Os cecos pilóricos estão localizados antes do intestino médio dos peixes. São compostos por várias dobras e sulcos, que são responsáveis por aumentar a superfície de contato, ocasionando numa melhor absorção de nutrientes, atuando também na secreção de muco. A quantidade e o tamanho desses cecos variam de espécie para espécie.
Intestino
Iniciada no estômago, a digestão de proteínas se completa no intestino, onde também ocorre a digestão final de lipídeos e carboidratos. No intestino as proteínas, águas e íons também são absorvidos. O hábito alimentar e as características do alimento que os peixes ingerem que definirão o comprimento do intestino. Por exemplo, em espécies carnívoras, o intestino é curto, apresentando um número maior de pregas na mucosa intestinal, que potencializam a eficiência da absorção de nutrientes digeridos.
Pâncreas
Os peixes possuem um pâncreas exócrino, que secreta uma secreção alcalina e também de enzimas digestivas (tripsina, quimiotripsina, carboxipolipeptidases, preoteases, amilases e lipases) e um endócrino, que secreta hormônios como a insulina e glucagon. É um órgão difuso e pode estar difundido nos cecos pilóricos em algumas espécies.
Vesícula Biliar
Armazena e secreta a bile quando o alimento chega ao intestino. Essa secreção apresenta sais biliares, que têm a função de emulsificar lipídeos, auxiliando na digestão e absorção dos lipídeos e das vitaminas lipossolúveis.
Microbiota Intestinal
É composta por microrganismos, em sua maioria bactérias e algumas leveduras. Agem diretamente na nutrição e saúde intestinal. É benéfica e auxilia no processo de digestão e absorção de nutrientes, na manutenção da mucosa intestinal, protegendo, ainda, o trato gestrointestinal da colonização de microrganismos patogênicos.
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Fonte: NutriCon – nutricon.ind.br/blog/
por Renato Rodrigues