O confinamento de bovinos para abate surge como uma alternativa no processo de produção com a utilização intensiva da tecnologia disponível, visto que o Brasil tem condições climáticas privilegiadas para produzir carne a baixo custo.
A utilização de determinadas técnicas de manejo, como a engorda em confinamento, é uma alternativa de que dispõe o bovinocultor para contornar o problema de escassez de forragem no período de frio e seca, o que permite o desenvolvimento contínuo dos animais.
Sebastião Silva, autor do Livro Perguntas e Respostas sobre Confinamento de Bovinos de Corte, da Aprenda Fácil Editora, considera que “embora a engorda em confinamento seja uma prática relativamente recente no Brasil, ano a ano cresce o número de pecuaristas que adota essa solução zootécnica, face às vantagens que ela apresenta.”.
Existem três sistemas de confinamento para bovinos de corte: Confinamento Intensivo, Semiconfinamento e Suplementação a Pasto. Vamos tentar entender o primeiro:
O que é confinamento intensivo?
Confinamento intensivo é o tipo de exploração em que os animais, fechados em instalações próprias, recebem alimentação volumosa, concentrada e mineral necessária para sua manutenção e engorda. Vale ressaltar que essa modalidade de engorda em confinamento requer maior contingente de recurso humano, contribuindo assim para aumentar as oportunidades de emprego no meio rural, favorecendo a fixação do homem no campo.
Quais os fatores mais importantes para o êxito do confinamento intensivo?
O sucesso da modalidade do confinamento intensivo depende fundamentalmente de habilidade administrativa do confinador. Entretanto, a correta escolha técnica, seleção e combinação de rações, escolha da época para o início do confinamento, bem como o período ótimo de confinamento são os mais importantes para o êxito da operação.
Quais são, então, as vantagens de ordem técnica e econômica de confinamento intensivo?
Dentre as muitas vantagens, pode-se citar as principais:
⇒ Produção de carne de melhor qualidade e maior produção por área.
⇒ Maior rendimento de carcaça, com diminuição da porção de ossos e outros componentes de pouco valor.
⇒ Aproveitamento mais intensivo das pequenas propriedades pela utilização mais racional das pastagens.
⇒ Maior retorno por unidade de área, pois, na cria e recria a campo, o animal demora, em média, 40 meses para ir ao abate, enquanto que, no confinamento, esse tempo é reduzido pela metade, dobrando a capacidade de suporte das pastagens.
⇒ Utilização das máquinas e dos equipamentos ociosos.
⇒ Baixo índice de mortalidade.
⇒ Melhor utilização dos recursos humanos e técnicos disponíveis.
⇒ Rápido retorno do capital investido na aquisição dos animais.
⇒ Grande produção de adubo orgânico de bom valor para uso ou venda, possibilitando o reembolso dos gastos com vacinas, medicamentos, conservação e depreciação das instalações e juros, entre outros, que geralmente são levados em consideração.
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