O adestramento é um processo com várias etapas e métodos, a professora Natasha Fernanda autora do Livro Adestramento de Cães — Manual de Truques, trouxe uma ótima dica para você adestrador ou para você que quer adestrar seu animal de maneira adequada e eficiente, fazendo com que ele aprenda com sucesso.
Falamos de comando não verbal. Existem cães que, dependendo do tipo de adestramento ou do tipo de utilização, não necessitam de um comando verbal como um “DEITA”. Por exemplo, cães de auxílio de deficientes podem simplesmente aprender um comando gestual para deitar. Mas, se você quer dar um nome a um comando, ou seja, criar um comando verbal para um determinado movimento, deve saber fazer isto.
Essa metodologia que utilizamos para transferir, do comando não verbal para o verbal, quando o cão sabe o movimento e, ou, comando gestual para executar esse movimento e você quer dar nome para esse comando, por exemplo: “DEITA”.
Partindo do princípio de que o cão já saiba deitar, você já não mais induz ou você pode ter criado um comando gestual (não verbal) para ele deitar, mas quer que o cão deite quando você falar “DEITA”. Ao utilizar o comando verbal, o adestrador deve tomar bastante cuidado e ser muito claro para ser facilitado o entendimento do comando. Para isso, ele deve seguir alguns critérios no uso desse comando.
Os principais critérios para o uso do comando verbal são:
1. Utilize palavras curtas com uma ou, no máximo, duas sílabas.
2. Ao utilizar palavras de duas sílabas, pode-se destacar uma das sílabas como deita, senta.
3. Evite utilizar comandos parecidos foneticamente com o nome do cão. Por exemplo, não utilizar o nome pão que é facilmente confuso com não, sendo um comando importante.
4. Evite ficar repetindo o comando, que confunde o cão.
Esse último critério, talvez seja o erro mais recorrente. Ao iniciar um novo comando verbal ao cão, evidentemente, ele ainda não o conhece e não sabe o que fazer. Por isso, grande parte dos adestradores, principalmente os iniciantes, ficam repetindo o comando. Por exemplo: “Senta, senta, senta, senta”. Para piorar ainda mais a situação, ainda o fazem gritando, com ansiedade e, não raro, com raiva. Esse conjunto de erros é muito ruim para o aprendizado do comando e também para processo de adestramento como um todo.
Lembre-se do exemplo de você chegar em um país diferente, como a China, e um chinês ficar repetindo uma palavra para você e ainda com raiva. Como você se sentiria? Agora, pense como o cão se sente no processo de aprendizagem com um adestrador que utiliza esse método o tempo todo. Ele, no mínimo, tomará aversão ao aprendizado, e esse método não contribui em nada para ele aprender alguma coisa.
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Por Eduardo Silva Ribeiro.
