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Alimentação de suínos para cada fase da criação

A depender da fase produtiva em que o suíno se encontra, a exigência nutricional será diferente

Suínos comendo - imagem ilustrativa

Valdir Ribeiro, um dos autores do Livro AFE Formulação de Rações para Suínos, destaca que na suinocultura, os gastos com alimentação representam a maior parte do custo de produção. Dessa forma, o manejo alimentar requer atenção especial, visando otimizar a produção e garantir mais lucros ao suinocultor.

Buscar alternativas para nutrir os suínos, com a finalidade de fornecer uma alimentação mais barata sem perder a qualidade é um dos objetivos de quase todo o criador. É importante destacar que a dieta dos suínos é composta basicamente por cereais como a cevada, o milho e o trigo.

Além da alimentação de uma forma geral, ainda há a preocupação com a fase da criação em que os animais se encontram, haja vista que cada uma requer uma alimentação diferente devido ao fato de que os animais possuem exigências nutricionais distintas. Logo, cabe ao suinocultor planejar todo o manejo alimentar com base nessas informações.

Fases produtivas dos suínos

Logo após o desmame, os suínos passam por três fases diferentes, que demandam alimentação apropriada a cada uma delas:

Creche

Assim que são desmamados, os leitões passam a fazer parte da creche. Essa fase é decisiva para o futuro da criação, uma vez que os animais têm que enfrentar o estresse de serem separados da mãe, a criação em um novo ambiente, o reagrupamento e a adaptação aos comedouros, bebedouros e à nova dieta.

Nesse contexto, por causa dessa mudança brusca, das limitações dos leitões e do desenvolvimento do sistema digestivo desses animais, a atenção do criador deve ser redobrada e ele tem a “missão” de oferecer ingredientes de qualidade e muito digestíveis. Ainda, a nutrição dos leitões impacta diretamente no ganho de peso deles até o abate.

Recomenda-se, portanto, oferecer rações complexas com ingredientes de alta qualidade e digestibilidade. Dentre esses ingredientes, destacam-se: leite em pó, concentrado proteico de soja, lactose cristalina, soro de leite, farinha de peixe, plasma sanguíneo, nucleotídeos, dentre outros.

Crescimento

A partir do 63º ao 70º dia de vida e até aproximadamente o 110º, os leitões são criados na fase de crescimento. São separados por peso e a taxa de crescimento é acelerada. A alimentação nessa fase deve proporcionar aos suínos um bom aporte energético e proteico para que o crescimento muscular deles seja adequado.

Nessa fase, também conhecida como engorda, o ideal é que sejam empregados alimentos que possam ser consumidos mais rapidamente – como alimentos úmidos ou líquidos –, pois os animais os preferem. No entanto, a disponibilização de rações peletizadas, trituradas ou até fareladas também é uma opção.

Terminação

A última fase se estende até que os suínos atinjam o peso de abate exigido pelo mercado. Também conhecida como fase de acabamento, é nela que os animais devem consumir mais alimento do que necessitam.

O mais indicado é o fornecimento de rações balanceadas, além de milho, soja e cereais que sejam alternativos à alimentação principal – a exemplo do sorgo, milheto e triticale. Nessa fase, o suinocultor também deve garantir que os animais recebam todos os minerais e vitaminas necessários para garantir uma boa saúde.

O que evitar na alimentação de suínos?

Os erros com a alimentação devem ser minimizados, para evitar que os índices zootécnicos e os resultados produtivos estejam aquém dos idealizados pelo produtor. Então, a subalimentação – quando os animais recebem quantidade abaixo da necessária para a expressão do seu potencial produtivo – e a superalimentação – quando os animais comem mais do que o necessário e não aproveitam o alimento corretamente – são fatores que devem ser evitados.

 


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Fonte: MF Magazine – blog.mfrural.com.br
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por Renato Rodrigues

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