A mineralização de bovinos é extremamente necessária para garantir bons resultados na produtividade e, consequentemente, melhor aproveitamento da carne e do leite desses animais. As plantas forrageiras, muitas vezes, não conseguem suprir a necessidade mineral de cada animal, sendo fundamental que o pecuarista realize a nutrição mineral através das rações.
Fernando Iván Londoño Hernández, Antonio Bento Mâncio e Aloízio Soares Ferreira, autores do Livro AFE Suplementação Mineral Para Gado de Corte, garantem que a melhor estratégia de uso de minerais para bovinos de corte em condições de pastejo tem como ponto básico o procedimento técnico, que irá orientar o pecuarista a tomar a decisão correta frente às condições de meio (período de chuva ou seca), em relação às necessidades dos bovinos, buscando maior eficiência bioeconômica do sistema de produção em condições de pastejo.
A importância desses elementos é tamanha, dado que eles estão envolvidos em quase todos os processos metabólicos desses animais, o que reflete, além das questões produtivas, no crescimento, metabolismo energético, função imune e outras funções fisiológicas.
A falta dela gera baixa produção de carne e leite, problemas na reprodução, atraso no crescimento dos animais, abortos durante as gestações, fraturas e até queda na resistência orgânica. Ainda, a profunda deficiência de minerais provoca altos índices de mortalidade. As deficiências subclínicas, na qual os sintomas não são perceptíveis clinicamente, podem provocar grandes prejuízos na produtividade.
São 17 os minerais mais importantes na alimentação de bovinos de corte, sendo sete macroelementos: o cálcio (Ca), fósforo (P), potássio (K), sódio (Na), cloro (Cl), magnésio (Mg), e enxofre (Z); e dez microelementos: cobalto (Co), cobre (Cu), iodo (I), ferro (Fe), manganês (Mn), molibdênio (Mo), selênio (Se), zinco (Zn), cromo (Cr) e níquel (Ni). Cada animal terá necessidade diferente de um ou mais desses elementos, haja vista que o estado e o peso influenciam nessa necessidade. Uma mineralização incorreta ou insuficiente acarretará em um desenvolvimento aquém do potencial animal.
A forragem, os suplementos e até a água devem suprir todas as exigências nutricionais desses animais. De acordo com a região, alguns minerais podem estar presentes em grande quantidade nas águas. Por exemplo, águas calcárias, com altos níveis de cálcio, podem interferir na absorção de fósforo e zinco. Águas salobras, que possuem grande concentração de sódio, são responsáveis por diminuir o consumo de misturas minerais, o que provoca a deficiência mineral nos bovinos. Aquíferos profundos possuem grande quantidade de enxofre, que promove a deficiência de cobre.
O correto balanceamento provoca efeitos positivos diretos nos desempenhos produtivos e reprodutivos dos animais. Uma dieta adequada deve atender às necessidades energéticas dos animais, com níveis adequados de proteínas e níveis necessários de vitaminas e minerais para cada etapa da criação do animal. Um balanceamento inadequado produz perdas significativas no desempenho e, consequentemente, prejuízos aos criadores.
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Fonte: Folha Agrícola – folhaagricola.com.br
por Renato Rodrigues
