Chama-se pivô central a torre suspensa construída para girar circularmente sobre a plantação. Abastecido com água, o equipamento asperge água nas plantas, na medida certa, o que torna a irrigação sustentável e racional. Regiões com relevo plano, como o Centro-Oeste e alguns estados do Norte e Nordeste do país, viabilizam a implantação do sistema. Embora o investimento inicial seja alto, o uso do pivô de irrigação traz inúmeras vantagens ao produtor, principalmente na época da seca.
Muitos produtores usam pivôs centrais nas culturas de soja para driblarem o período de estiagem. Mesmo porque a boa formação de vagens e o enchimento de grãos de soja dependem do suprimento de água adequado. Além disso, com a adoção desse sistema de irrigação, o produtor pode realizar a semeadura mais cedo e, com isso, antecipar a colheita para conseguir melhor preço de mercado.
Entretanto, é indispensável fazer a manutenção preventiva do pivô central para aumentar a vida útil do equipamento, que pode se estender a 20 anos. Os especialistas recomendam uma revisão na pré-safra, especialmente no conjunto de tração e nos aspersores. Quando a água apresenta pH ácido ou alcalino demais, a durabilidade do equipamento é reduzida significativamente.
Vantagens
Os pivôs de irrigação são fáceis de operar, além de economizarem água e energia elétrica. Os modelos de pivô existentes no mercado não exigem muita mão de obra, o que reduz os custos com funcionários. Da mesma forma, esses equipamentos apresentam capacidade de percorrer longas distâncias com alta eficiência na aplicação de fertilizantes. Outra grande vantagem é a possibilidade de instalação nas mais diferentes propriedades.
Desvantagens
Embora o uso de pivôs de irrigação melhore a produtividade da plantação, o investimento inicial é alto. A manutenção preventiva dos equipamentos também requer novos gastos por parte do produtor. Entretanto, se formos avaliar os prós e contras do uso de pivôs, prevalecem as vantagens, principalmente pelos bons retornos financeiros”, afirma Antônio Tubelis, autor do Livro AFE Conhecimentos Práticos sobre Clima e Irrigação.
Modelos de pivôs de irrigação
Pivô linear
O pivô linear foi desenvolvido para áreas retangulares, com desníveis mínimos. O equipamento se move, em linha reta, para irrigar toda a área cultivada. Ele apresenta a capacidade de deslocamento a longas distâncias, além de aspergir água e fertilizantes com maior precisão e rapidez. Com os avanços tecnológicos, o produtor pode acionar o equipamento via smartphone ou notebook de forma remota.
Pivô central fixo
O pivô central fixo é instalado sobre uma base de concreto estrategicamente posicionada no centro da área de cultivo. Para operar o equipamento, apenas um funcionário basta, o que reduz os custos de produção.
Pivô central rebocável
O pivô central rebocável é instalado sobre 2 ou 4 rodas articuladas com a capacidade de irrigar diversas áreas circulares. A estabilidade em terrenos irregulares e a fácil instalação são suas principais vantagens.
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Leia o artigo "Como funciona o sistema de irrigação por aspersão convencional?"
Fontes: cptcursospresenciais.com.br; irrigacao.net
Por Andréa Oliveira.