O número das interações tróficas entre os componentes de um ecossistema é tanto maior quanto maior for o número de espécies presentes e, consequentemente, a estabilidade tenderá a aumentar por ser esta função direta da diversidade. Maior diversidade dos agroecossistemas permite que os impactos oriundos de perturbações externas sejam mais facilmente assimilados e, ou, dissipados entre seus componentes, tornando os agroecossistemas mais duradouros.
Caetano Marciano de Souza, Fábio Ribeiro Pires, Fábio Luiz Partelli e Renato Lara de Assis, autores do Livro Adubação Verde e Rotação de Culturas, da Aprenda Fácil Editora, dizem que “entre as técnicas de aumentar a diversidade de um agroecossistema, encontra-se a rotação de culturas, que, em síntese, promove o aumento de sua estabilidade”.
Com isso, o estudo e o desenvolvimento de sistemas de preparo de solo e rotação de culturas, incluindo espécies de cobertura verde que protejam e recuperem o solo, constituem pontos importantes para o uso sustentável de solo e sua produtividade e rentabilidade.
A rotação de culturas compreende uma distribuição sistemática das culturas a serem plantadas a cada ano, de acordo com um plano definido, previamente estudado e apresentando princípio, meio e fim em função dos objetivos a que se destina e também funciona como método de controle de pragas e doenças de plantas forrageiras.
O programa de rotação de culturas deve ser elaborado técnica e economicamente, possibilitando a intercalação de culturas comerciais e não comerciais. Deve também possibilitar a produção de resíduos vegetais para a formação de cobertura morta do solo, compatível com as exigências do sistema agrícola, por exemplo, a semeadura direta, para a qual a rotação de culturas e a cobertura vegetal do solo constituem premissas necessárias.
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por Renato Rodrigues
