Os sistemas extensivos de criação de peixes são de baixo custo de implantação e, além disso, neles não se praticam um manejo adequado e, também, não utilizam nenhum tipo de insumos, ou seja, não há fornecimento de ração artificial (comercial) aos peixes.
Nos sistemas extensivos, a alimentação dos peixes é feita pelo fornecimento de subprodutos agrícolas ou apenas com o alimento natural.
A piscicultura extensiva também é conhecida como piscicultura de “fundo de quintal” pelo caráter amador. Trata-se de sistemas de subsistência adotados por pequenos produtores, sendo instalados em represas e açudes. Com algumas exceções, quando praticados em grandes reservatórios, em pequena escala, o povoamento é feito com alevinos de espécies nativas ou introduzidas, como tilápias e carpas.
A produção de pescado desses sistemas, na maioria dos casos, é destinada ao consumo das próprias famílias ou para fins de recreação (pesca artesanal aos fins de semana).
Nesse sistema, geralmente, utiliza-se a técnica de policultivo, ou seja, em um mesmo ambiente são cultivadas, ao mesmo tempo, mais de uma espécie de peixe, tanto machos como as fêmeas.
Entre as espécies mais cultivadas no sistema extensivo, pode-se citar: tilápias, lambaris, surubim, carpas, pacu, tambaqui, tambacu, matrinxã, curimbatá e piau.
A principal vantagem da criação conjunta de peixes, ou seja, do policultivo, é o aproveitamento quase que total dos alimentos fornecidos aos peixes. E, com isso, não há acúmulo das sobras de alimentos, fazendo com que a taxa de oxigênio da água possa ser mantida, mais facilmente, nos níveis mais elevados.
Em contrapartida, esse sistema tem como desvantagem:
- A lenta taxa de crescimento dos peixes;
- Necessidade de mais mão de obra para fazer captura dos peixes;
- Maior dificuldade de fazer a separação das espécies, em lotes uniformes; e
- Recomenda-se que 50% do povoamento sejam de peixes de uma espécie principal.
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Por Daniela Guimarães.