A capivara é um herbívoro generalista que se alimenta de gramíneas e plantas aquáticas. Apresenta grande plasticidade alimentar, adaptando-se facilmente a outros itens como milho, cana-de-açúcar, arroz, feijão, soja e outros, o que facilita a sua ocorrência em áreas antropizadas.
Devido a isso e, muito possivelmente, ao desaparecimento em larga escala de seus predadores naturais, a capivara tem sido reportada como espécie-praga em várias regiões do país, por causa dos danos causados às culturas agrícolas.
Entre as características que a fazem um bom animal para exploração zootécnica estão: preços de venda do peso vivo superior ao de espécies domésticas, alta prolificidade, alimentação diversificada, excelente aproveitamento de carboidratos estruturais (fibra), boa taxa de ganho de peso e rusticidade.
Coloca-se no mercado carne de qualidade, semelhante à do suíno, mas com gordura menos saturada, de maior densidade, rica em ácidos graxos ômega-3. Esses ácidos graxos possuem a propriedade de reduzir o colesterol e as gorduras de baixa densidade no sangue.
É um animal de criação, cujo processo de produção pode ficar próximo ao orgânico, pois as capivaras, em geral, são criadas em sistema semi-intensivo a campo, com baixo uso de insumos, permitindo, assim, atingir maior nível de sustentabilidade na criação.
Atualmente, os principais compradores da “carne de caça” são os restaurantes dos grandes centros urbanos, onde a população, cada vez mais afastada do contato com a natureza, busca compensar esse isolamento através do consumo de produtos alternativos, remunerando muito melhor o produtor rural em comparação ao que é pago por produtos convencionais.
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Por Daniela Guimarães.